segunda-feira, 31 de março de 2014

2001-2014 - Uma exemplar trajetória.

2001-2014 - Uma trajetória semeada com dedicação, retidão, amizade e um profundo profissionalismo.
"Não digas que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado." (Provérbio árabe)

Ciclos se fecham, ciclos se abrem. Me lembro ainda que um colega da empresa e amigo, Rafael Franco diz que algo o marcou fortemente. Foi numa palestra em 2009 em Bragança Paulista, no Encontro GAP de fechamento de ano, quando ao final eu lembrei de um provérbio chinês: "...me nego envelhecer, o homem só envelhece quando os lamentos substituem seus sonhos".
Justamente isso nos move para enfrentar os desafios e não querer parar jamais. Mas ciclos se fecham, ciclos se abrem. Ficaremos na Gapnet até 30 de abril de 2014. Fecharemos um ciclo que começou justamente em abril de 2001. Foram 13 anos completos. Fizemos história. 
Tivemos grandes marcos estabelecidos. Não irei enumerar. Meus posts no meu blog são testemunha dos meus feitos. Quem se interessar, é só olhar, é público e está registrado para quem quiser ver.
Deixaremos amigos, admiradores e penso que nenhum desafeto dentre as quase 400 pessoas atualmente nas empresas do grupo. Há quase um ano atrás, nos afastamos do Marketing da Gapnet e assumimos um outro campo para batalhar. Redes (mídias) Sociais. 
Aqui lembramos de um episódio emblemático. Um amigo, Luís Sales, disse: - Um cara velho vai cuidar de mídias sociais? Perguntei a ele, o que tens contra os "velhos"?  Será que a juventude é sábia? Ledo engano. A experiência fala mais alto, meu caro Luís. 
Nesses quase 9 meses, deixamos de novo a nossa marca. Quase nenhuma crítica, e vimos que em alguns casos, uma "gapdependência" foi criada. Atingimos quase 4.000 seguidores (entre FB, Twitter e Instagram), porém com seguidores em sua maioria do trade. Feito difícil, já que as redes são abertas ao público. 
Foi uma seleção, filtrada através dos posts, deixando claro que eramos uma empresa voltada ao segmento do turismo, por isso um número pequeno em relação aos mega números de fanpages tradicionais. Procuramos a qualidade e não a quantidade. E isso foi feito com maestria. Pesquisamos e acabamos nos tornando "expert" com alguns modelos inovadores que por certo servirão material para o futuro. 
Mas ciclos se fecham, ciclos se abrem.
O que buscaremos? Lembrem-se o que dissemos em Bragança: "Me recuso envelhecer". 
Vamos dar um Ctrl C nestes últimos anos e depois um Ctrl V daqui pra frente. 
Ciclo começa com "C" de Ctrl, mas será um "C" de consultoria. C de competência, C de carinho nos futuros trabalhos. 
C de capacidade para os próximos desafios. Se quiserem uma série de palavras do nosso vocabulário que começam com "C". 
Vamos lá. CONHECIMENTO - COMPARTILHAR - CALOROSO - CAPITANEAR - CAPITALIZAR - CAPRICHAR - CURRÍCULO, está bem assim?
De garantido é certo que estaremos cumprindo o acordo firmado com os sócios da Gapnet até 30 de abril próximo. 
Teremos mais de 30 dias de transição para outros sucessores que farão o trabalho nas redes sociais e de marketing, além disso, tocaremos em paralelo projetos pessoais e profissionais. 
Nos encontraremos pela estrada. Pelo modal, terrestre, aéreo, rodoviário e até marítimo, porque não?

Jorge Luiz SALIM

Contatos:
JOTASALIM@GMAIL.COM
JOTASALIM@HOTMAIL.COM



sexta-feira, 28 de março de 2014

Você segue as regras?

O cotidiano e o tal do by the book.
O termo cotidiano significa aquilo que é habitual ao ser humano, ou seja, está presente na vivência do dia-a-dia. Cotidiano também pode indicar o tempo no qual se dá a vivência de um ser humano; também pode indicar a relação espaço-temporal na qual se dá essa vivência.
Tenho relatado muitas experiências por ser usuário dos transportes públicos urbanos onde a grande massa se vale.
Utilizo mais o Metrô, a Praça da República fica há menos de cinco minutos do local de meu trabalho (até o próximo dia 30 de abril ficarei na GAP), mas nesses últimos 13 anos me vali muito deste transporte coletivo.
Ora uso ônibus, o terminal da Lapa fica também há cinco minutos à pé de minha residência. Desde quando fui morar lá a partir do ano de 2009. O trem da CPTM também uso de vez em quando, desço no Metrô Barra Funda, baldeio e sigo para as plataformas de trens. Tudo num só local. O ponto da estação da Lapa é ao lado do Terminal de ônibus. Tudo junto e misturado. E às vezes quando viajo de avião saindo por Guarulhos, uso o shutlle que circula pela Barra Funda ou Praça da República. Táxi nem sempre, porém a serviço da empresa, me valho muitas vezes. Estou dizendo tudo isso, por uma simples razão. Andar de transporte público me dá muitas estórias do cotidiano, me enriquece na parte humana, me mostra contrastes do cotidiano e isso me deixa muito vivo, deveras muito vivo. O que presencio é enriquecedor. Vou contar algumas delas. Vou separar. Chamarei de viagens de ônibus primeiramente, depois de viagens de táxi, viagens de Metrô e viagens de trem. Todos sabem do meu acidente no ônibus da Itapemirim. Deveria ter medo, né? Pois então, não me importo e viajo sempre para S. J. do Rio Preto com a Viação Cometa. Às vezes pego avião. Viajo de TAM, quase sempre, pois tentei de Azul e Passaredo, mas não há saídas por Congonhas. Gosto de ir à noite, geralmente no último voo na última sexta-feira do mês. A TAM tem o melhor horário.
Mas voltando ao assunto transportes rodoviários. Vi nessa última viagem, voltando de Rio Preto um pequeno tumulto causando por uma família notadamente de pessoas simples. É sabido que se deve preencher os dados pessoais no corpo dos bilhetes rodoviários. Inclusive os aéreos também. Lá estão os campos; nome, endereço, telefone e número do documento de identidade. Pois então, uma família toda, composta por pai, mãe e quatro crianças pequenas, suponho que a menina tivesse uns dez anos, e os três guris, com aproximadamente sete, o maior, uns cinco o do meio e o menor talvez uns três anos. Nenhum dos bilhetes estava preenchido. Nem eles, os menores, estavam portando documentos de identidade. E o que aconteceu? Em pleno horário de saída do ônibus, um dilema se formou. - Ninguém viaja sem documento! – brada o motorista, todo cheio de razão, seguindo o tal "by the book". O fiscal da rodoviária, pede maior agilidade, pois a plataforma deve ser desocupada, pois existem outros ônibus de outras companhias querendo estacionar e pegar os passageiros, e assim seguir a rotina de uma estação terminal de ônibus, popularmente chamada de rodoviária.
O que fazer? Os outros passageiros querendo sair logo, tem horário para chegar, gente que vem buscar no destino final, trânsito e congestionamentos na estrada podem atrapalhar. E aí. Vamos sair ou não? Depois de um momento conturbado, o bom senso impera. A mãe preenche toda zelosa as seis passagens. Fala ao pé do ouvido do motorista, este sorri e lá vamos nós. O que será que ela balbuciou? O pai as pegas bagagens, as despacha e volta passando pelo corredor, encaminhando a prole toda, se acomodam lá no fundo do ônibus. E eu sentado bem na frente, poltrona de número 04, fico curioso tentando ouvir o que rola lá fundo.
Chegamos em S. Paulo, já é noite e eu desço na primeira parada, antes da rodoviária, num posto da polícia perto da ponte do Piqueri na Marginal Tietê, lá minha esposa me aguardava e seguimos para casa.
– Mas o que a tal mulher falou pro motorista, hem? E assim a vida segue.Todos chegaram sãos e salvos.

quinta-feira, 27 de março de 2014

De noite e dia, viva a boemia.

Região fervilhante da Major Sertório, local onde trabalhei os últimos 13 anos.
De dia trabalho, de noite boemia. Os bons tempos não voltam mais. A região ficou tomada por drogados e prostituição. Às vezes, durante o dia já cruzamos com os "nóias", expulsos da região da cracolândia na antiga rodoviária e que acabaram ficando no cruzamento da rua Bento Freitas e Major Sertório.
Antes, bem antes, nos anos 70/80, a região era conhecida pelas boates, onde transformistas e travestis cruzavam de um lado para o outro. 
Hoje restam apenas os prédios que outrora eram frequentados pelos estudantes e boêmios.
A nata dos inferninhos, com muitos atrativos como shows de travestis e performances de clones de Carmem Miranda, Maria Alcina, Elke Maravilha, Virginia Lane, e outros astros do show biz. A rua teve o templo da sedução, La Licorne. Precursora de templos sodomistas de hoje como Bahamas, Milenniun, Conection espalhados em várias regiões em Sampa...
Tinha até o London Tavern (foto), pub sensacional no subsolo do Hilton Hotel, quando este ficava na esquina da avenida Ipiranga com a rua Epitácio Pessoa, na década dos anos 80. Hoje lacrado pelos desembargadores que no prédio circular tem os seus gabinetes para os despachos.
O bar Redondo, que virou uma lanchonete de terceira categoria. E o que resta de poético? Apenas a casa das casas, o lendário Love Story. Me lembro que nos anos 2000 todas as vezes que vinhamos bem cedo para reuniões de capacitação ou treinamento, deparávamos com as moças de fino trato e vigiadas pelos gigolôs.
Tinha um colega de trabalho, vou manter o anônimato, dizia "aqui a gente pode contrair alguma doença por contato simples, pega escorbuto". Ele fugia da garagem onde deixávamos os carros estacionados. Muitos anos depois, a pedidos insistentes, a administração do nosso edifício abriu um atalho através de catraca eletrônica no primeiro andar direto para os elevadores nos levando aos andares superiores, evitando assim de contornarmos a esquina do pecado e escapar do contágio.
Pois é, isso quando não se via um "presunto" na entrada/saída do estacionamento. Pelo menos três mortos nesses 12 anos e pouco que frequentamos o local. Brigas e quebra-pau nem se conta. É o “ó do borogodó”, dizia minha assistente Simone, que ficou horrorizada vendo da janela do prédio na nossa frente, um cidadão nu, gritando "– Eu tô peladuuuuu....."
Não podemos nos esquecer das ditas boates de hoje que é frequentada por nóias e desocupados a procura ou vendas de drogas, prostituição que acabam fazendo desta região um local perigoso para as pessoas e nossas funcionárias que são abordadas e assaltadas sempre, perdendo seus aparelhos celulares. São incontáveis as queixas. Segurança aqui é um lixo, literalmente estamos aos olhares da lei e do abandono. Apesar de tudo, vivemos e convivemos com estes contrastes da vida urbana do centro de S. Paulo.
Como diria o Gugu, "Viva a Noite". Ou como diria uns amigos meus, viva a putaria. E os saudosistas dizem que é a pura decadência. 
Para encerrar, registro aqui duas músicas que ilustram bem essa nossa passagem pela região. Ronda de Paulo Vanzolini, "Bebendo com outras mulheres, rolando um dadinho, jogando bilhar, e neste dia, então, vai dar na primeira edição: Cena de sangue num bar da Avenida São João" e Sampa eternizada por Caetano Veloso, "Alguma coisa acontece no meu coração, que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João, é que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi, da dura poesia concreta de tuas esquinas, da deselegância discreta de tuas meninas..."

O local que era o Pub London Tavern, no antigo Hilton Hotel (primeiro círculo) e o Love Story mais abaixo, na rua Araújo (segundo círculo).

quarta-feira, 26 de março de 2014

Oi, eu vivo na caixa, é claro.

Marcas originais X nomes de domínio público, quem vence?
Programa Hoje em Dia (Record) com o patrocínio da Vivo, o repórter Celso Zucatelli pergunta pra sua colega, Chris Flores no estúdio, se ela sabia da promoção, e a mesma responde: – Claro! 
Nomes substantivos e/ou adjetivos são geralmente confundidos com a palavra no sentido literal. Mas apesar de serem nomes comuns, são marcas registradas. Caixa, Vivo, Oi, Claro, Gina, Cisne, Puma, Sadia, Seara, Vânia, Mônica, Magali, são nomes que se confrontam com marcas como Bradesco, TIM, HSBC, Adidas, Nike, etc.
Vocês se lembram daquela montadora chinesa que veio para o Brasil com o nome de Chana Motors? Teve que mudar para Chang depois de muita gozação. São furos de marketing.

Quem estuda, cria e trabalha em branding adora cases especiais. Afinal marcas são identidades formais da imagem corporativa de instituições, empresas globais ou nacionais de porte.
Se formos analisar os nomes em outras línguas, aí a coisa complica. Apple, Good Year, Shell, Hering, Windows, Playboy podem fazer parte de alguma construção gramatical e confundir algum interlocutor. – I bougth an apple. O que se comprou? A fruta, o celular ou o tablet?
Mas brincadeiras à parte, vamos às marcas. Por que o resto é hábito que às vezes nos leva ao equívoco, tema do nosso título, é claro que eu tenho um vivo.
A questão de mexer com marcas leva ao fato de se fazer a gestão de vários sistemas interdisciplinares que visam o estabelecimento de imagens, percepções e associações com as quais o consumidor se relaciona com um produto ou empresa. 
O guru Marc Gobé, fundador da Emotional Branding e autor do livro A Emoção das Marcas, acredita que a publicidade tradicional passa por um momento de transformação. Se antes ela representava a ponta final da comunicação com o público, hoje ela indica apenas o início da conversação.
Hoje o consumidor exibe o status do bem adquirido e interage com o produto, a marca, notem os usuários de produtos Apple. Aquele consumidor que vai até o Starbucks e faz um selfie com o nome dele no copo. Isso é marketing de conteúdo. Hoje a web veicula isso e transforma o mundo numa aldeia global*.
* O conceito de "aldeia global", criado nos anos 70 pelo sociólogo canadense Marshall McLuhan, quer dizer que o progresso tecnológico estava reduzindo todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia. McLuhan foi o primeiro filósofo das transformações sociais provocadas pela revolução tecnológica do computador e das telecomunicações.
Separei algumas marcas do tipo nomes comuns, além das citadas anteriormente na introdução, sem a preocupação metodológica de um expert, porém para apenas os desavisados e curiosos notarem e na próxima vez tomar o cuidado para não escorregar na Hellmann's.
Marcas conhecidas com nome de domínio público: Natura, Gol, Terra, Abril, Perdigão, Porcão, Fogo de Chão, Globo, Tic-Tac, Pão de Açúcar, Fogo de Chão, Havaianas, Doriana, Amélia, Corona, Condor, Esfera, Jesus, Confiança, Pague menos, Azul, Invicto, Tatú, Peixe Urbano, Maestro, Moça, 3 Fazendas, 51, Cavalinho.  

Nota de rodapé: Tudo isso foi movido pelo fato de ter ouvido aquela conversa um tanto descuidada do programa na televisão e também porque hoje li uma matéria no New York Times sobre o design americano Milton Glaser com 83 anos (foi minha fonte de inspiração no tempo de estudante na ESPM) e ainda trabalhando em sua prancheta. 
Isso é que me dá força para continuar. A você Milton, peço sua benção, a você toda a minha reverência e fé. Para quem não o conhece, foi quem criou a marca "I love NY" até hoje uma das maiores obras mundiais de um publicitário.

Link do Milton no NYTimes  
http://www.nytimes.com/2014/03/07/arts/design/mad-men-enlists-the-graphics-guru-milton-glaser.html?_r=0

domingo, 23 de março de 2014

Obrigado Gapnet.


Obrigado Gapnet. Obrigado Rui e Ivo.
Sem um desafio, uma tarefa, um job, sem um motivo, sem um bom briefing, não podemos mostrar nosso talento para resolvê-los com criatividade. Em 1995, quando ainda trabalhava na Abras - Associação Brasileira dos Supermercados, onde fiquei quase 11 anos (1988/1999),  fui procurado por Rui Alves e Ivo Lins. Queriam uma marca para uma empresa que eles estavam montando no segmento do turismo. Era algo novo. Algo que eles imaginavam como fosse um atalho e que deveria preencher uma brecha. Briefing perfeito.
Nascia a GAP. Primeiro, era nome curto, em inglês, som conhecido, aquela confecção americana já existia. Representaria a consolidação de uma Cia. Aérea americana, a American Airlines. A empresa seria fundada em 04 de julho (não por coincidência, data da Independência dos EUA), portanto surgia a GAP Representações. Nasceu verde. Mais tarde, o fruto amadureceu, tornando-se vermelho e ganhou um sobrenome tecnológico, NET. Era o segundo trabalho nosso, nascia a marca definitiva GAPNET. Nesse período, participei também da criação de uma segunda marca do que seria o embrião de um grupo mais tarde. Surgiu a ALLFAST. Novo trabalho, nova marca. Em 2000, as duas empresas tornaram-se uma só, a GAPNET, quando entra em cena, Juca Lins, oriundo da AllFast que é incorporada.
2001 - Vem mais conquistas, vem os ganhos de mercado, vem a forte concorrência, a empresa cresce, precisa expandir e eu chego para integrar aquele grupo que precisava de gente comprometida, e lá fomos nós montar o marketing do grupo Gapnet. Agradeço a confiança e inicio o duro trabalho de desenvolver a equipe e diretrizes. 
2002 - Surge a operadora, mais uma marca criada (ou adaptada), Gapnet Tours (TAV) fica por um tempo como Kapi e se funde em seguida com a MMT (Campinas) e Turismo 10, tornando-se a operadora MMTGapnet. Mais conquistas, vem o 1o. e-tkt do mercado, vem as promoções onde fizemos os sorteios de carros por todo o país, revolucionamos o trade. 
2005 - Também algumas conquistas memoráveis, como a caixa com bolo e champagne nos 10 anos, entregue nas agências de S. Paulo na manhã do nosso dia de aniversário, uma operação lembrada até hoje como uma ação de marketing com uma logística fantástica. No Portal tivemos um registro histórico, o primeiro meta-buscador. Gap1Touch, outra marca, isso desencadeou uma revolução no sistema de pesquisa online no mercado.
2007 - Vem o crescimento da marca GAPNET na América Latina. Mas um job, um nome para mostrar uma aliança das maiores empresas no continente latino. Mais um job, nasce a CONSOLID, nome criado por nós.
Mais tarde pensa-se em um Programa de Incentivo. "– Salim, queremos um nome!" Pronto, Eurekas (exclamação grega de descoberta) e ainda ganharam um mascote no pacote deste job, o Eurico. Agradeço a equipe, que nos deixou um grande número mascotes customizados do Eurico. Sempre costumo dizer que fui o pai e as meninas do MKT, foram as mães do Eurico que cuidaram do resto.
Em 2010, a campanha dos mascotes nos 15 anos, de cunho politicamente correto e com mensagens de sustentabilidade e comportamento sócio-ambiental, fizemos um concurso para os nomes dos três mascotes pelas redes sociais. Eram três bichinhos da nossa fauna, ameaçados de extinção. A onça (Leonça), o lobo guará (Lupe) e a preguiça (Cochilo). Lembro que levei o mascote Leonça e deixei no restaurante Bar da Dona Onça, no Copam. E gentilmente  a proprietária colocou num lugar de destaque.
Quando para nossa surpresa, um dos nossos concorrentes, reclamou veementemente junto ao nosso sócio, Rui, da nossa invasão em terreno que ele frequentava. 
Com as ações do Camarote UNYCO no estádio do Morumby também marcamos pontos junto aos #agentedeviagens. Também estivemos juntos e atuantes nas ações de filantropia para a Fundação Dorina Nowill e AHPAS.
Em 2011, mais um desafio, criar um nome para a primeira rede social no segmento do turismo. Nasce TRIBT, administrada pela Travel Explorer, não resistiu ao volume das grandes Redes Sociais mundiais. 
2012 - Recentemente, fizemos uma plástica na marca, colocando um botox aqui, outro lá e renovamos a imagem GAPNET e do grupo, pois em 2013 foi base na mexida da imagem atual da operadora MMT.
2013 - Assumo mais uma tarefa. Coordenar as Redes Sociais, área onde permaneço até encerrar minha história na Gapnet proximamente. Mas isso só foi possível graças a oportunidade que Rui Alves e Ivo Lins me proporcionaram. Hoje só tenho a agradecê-los. Ao Juca Lins também. 
MUITO OBRIGADO por permitirem que eu pudesse criar e mostrar ao mercado o meu talento. Tive a companhia de pessoas de quem levarei boas lembranças para sempre. Bruno Barbato (2003), meu primeiro assistente no MKT. Depois a Simone Alberto Silva (2005) que ficou ao meu lado quase 8 anos e o Lucas (Ciro) Rodrigues (2011), meu estagiário predileto.
A todos vocês, a minha gratidão. Obrigado pela oportunidade oferecida para que eu mostrasse a minha capacidade profissional e deixasse esse legado.



quinta-feira, 20 de março de 2014

Tudo a declarar. Sou pai de um jovem Down.


Depoimento do pai de uma criança com Síndrome de Down*.
Em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado hoje em 21 de março, declaro solenemente o meu amor incondicional pelo meu filho Jorge Arthur.
Fruto do meu primeiro casamento com Sônia Regina, aliás o meu único casamento oficial, em 1978. O Jorge Arthur, que carinhosamente chamamos de Jota, nasceu em 26 de julho de 1980. Após um parto muito sofrível, pois Regina entrou em trabalho de parto na noite anterior e fomos para a maternidade em Guarulhos na madrugada de 26 de julho. As enfermeiras atendiam muitas grávidas que lá chegavam aparentando que teriam os bebês, mas eram liberadas e orientadas para voltarem para casa.
Porém o nosso caso foi encaminhado para fazer o parto cesárea a pedido da médica que nos assistiu durante a totalidade dos pré-natais. Pela manhã a doutora chegou e após a cirurgia do parto, veio o nosso Jotinha. Felicidade geral! Era um guri, pois na família só havia nascido meninas. O clima de felicidade imperava e inibiu os olhares dos familiares.
Quando peguei o bebê nas minhas mãos, ao beijá-lo, vi aqueles olhinhos amendoados e logo abri a mão direita e constatei a prega palmar transversa, uma única prega na palma da mão, em vez de duas. Fechei os meus olhos e agradeci a Deus. Bem antes de me casar, em minha cidade natal, S. José do Rio Preto, quis o destino que eu fosse voluntário na APAE local.
Talvez fosse o aviso. Talvez quisesse o destino me preparar. Vindo em São Paulo procurei fazer esse mesmo trabalho na APAE daqui. Não consegui, porém fazia trabalhos junto com os meus alunos. Visitávamos algumas entidades que assistiam crianças deficientes, como Cruz Verde e algumas creches de crianças carentes. Dai o meu agradecimento a Deus, fui escolhido por ele. 
Ser pai de um Down não é pra qualquer um. Depois tive que trabalhar a ansiedade da Regina e dos meus sogros. Cheguei a ouvir do pai dela que Deus havia castigado sua filha. Quanta decepção. Muitos não estão preparados para ter decepções. E mais tarde, já entendendo melhor a deficiência do neto, foi ele quem mais curtiu as travessuras do pequeno Jotinha.
Tentamos colocá-lo bem cedo em escolas especiais. Nos anos 80, a sociedade não estava organizada. Havia poucas escolas e poucos professores para cuidar do Down com se faz hoje. Penamos. Ele esteve em, pelo menos, cinco escolas. Com a minha separação, tivemos mais problemas. Distância, relacionamento atritante entre os pais. Mas o tempo e a vida foram moldando-o e ele cresceu, virou adulto.
Do meu segundo casamento, veio a meio-irmã, Nadine. Julguei que haveria uma melhora nas relações familiares, porém não foi como eu desejava. Mais tarde, com a minha segunda filha, Micaela, quis o destino nos marcar novamente. Na escola do pré-infantil, uma criança Down foi matriculada e a minha filha foi escolhida para ser a colega guia. Ó Deus que presente! Corri dizer para todos. Isso era mais uma mensagem divina.
Pois então, hoje estamos com o Jotão. Vai completar seus 34 anos em julho próximo. Outro dia escrevi sobre os meus filhos, cuja diferença entre eles é de nove anos. São os meus verdadeiros tesouros.
Muitos pensam que o nome down na tradução direta do inglês, baixo, pra baixo, etc... Nesse caso diria, não é. Recebe o nome em homenagem a John Langdon Down, médico britânico que descreveu a síndrome em 1862.
Se fosse simples assim, eu iria parodiar. Se a criança é down para maioria dos ignorantes, para os amigos, parentes e principalmente para os pais, é Up. Tenho muito orgulho de ser um pai-down. E digo brincando para as pessoas, pois os Down, apesar de terem características muito semelhantes, ele recebem a carga genética dos pais, e o seu único defeito genético herdado de mim é o fato de não gosta de dançar.
Filho, hoje nesse dia em homenagem aos portadores de Síndrome de Down, uma baita beijo e um abraço forte. Te amo. Sempre amarei.

* A trissomia 21 (também chamada trissomia do 21) é a causa de aproximadamente 95% dos casos observados da síndrome, com 88% dos casos originários da não-disjunção meiótica no gameta materno e 8% da não-disjunção no gameta paterno 11.
Neste caso, a criança terá três cópias de todos os genes presentes no cromossomo 21. 

Era uma vez...

20 de março - Dia do contador de histórias.
E nós, blogueiros somos o quê? Não deixamos de ser contadores de estórias.
O que escrevo no meu blog nada mais é do que contar, narrar, expor as minhas memórias.
Afinal, são 62 anos de vida, Passei por esse mundão vendo, assistindo, ouvindo, vivenciando tantas coisas boas, que não gostaria que ficassem apenas em minha mente.
Por isso escrevo essas crônicas do cotidiano, dai as lembranças fazerem parte do meu dia a dia.
Parabéns aos blogueiros. Parabéns aos contadores de causos, dos leitores que fazem a história ter importância na vida das crianças, que ao crescerem sabendo disso, se tornam replicadores. E a corrente nunca para. Então sentem-se que lá vem estória...
Hoje também é dia Mundial da Felicidade. E quem não quer uma história com final feliz, hem?

quarta-feira, 19 de março de 2014

O dia em que Deus esteve na festa da Gapnet.


Fulano, beltrano e sicrano. Gente anônima que faz a Gapnet.
Se existe alguém que é a cara da Gapnet, essa pessoa é encarnada na figura do seo Flor. O nosso Floriano.
Faxineiro há quase 19 anos. Aliás ele tem dois empregos. Durante o dia, ascensorista no edifício da Barão de Itapetininga, onde a Gapnet foi fundada em 1995 e lá permaneceu por quatro anos. E à tardinha, vem para Gapnet e faz a faxina nos andares onde estamos instalados. E era apenas um andar em 2001. Ai foi, aumentando para o 9o., para o 11o., depois desceu para o 10.o,  mas o seu ânimo e dedicação nunca esmoreceram. Homem de fibra, apesar de ser magrinho, franzino como todo imigrante nordestino. 
O Floriano já era nosso conhecido do antigo endereço, Praça D. José Gaspar, 30, onde trabalhei com o Rui Alves, na Holiday Tours, também era ascensorista. Pessoa simples, calma, serena, os adjetivos podem ser lembrados na totalidade, mas resumindo, o verdadeiro ser humano. Dedicado, amigo e parceiro. Se houvesse uma música para os homens, como fizeram a Amélia para as mulheres, o nome da música seria Floriano. Este sim é um homem de verdade.
Por participar da vida anônima da Gapnet, muitos não sabem ou conhecem o seo Flor. Só nós, da antiga velha guarda. Ele nunca deixou de participar das festas da Gapnet. Em todas as comemorações de aniversário (04 de julho) e nas festas de confraternização de final de ano. Em todas as ocasiões, ficava a um único pedido do seo Flor. Vinho! Nunca bebeu outra coisa. Dançar forró então? Lá ia o Flor dançando quer no salão, quer na marquise, quer em restaurante, dentro ou fora das dependências da Gapnet.
O nosso pé de valsa estava lá pegando as gurias e as coroas. Um cara participante e que não falhava. Dai sua origem nordestina. Cabra arretado.
Do Flor só tenho boas recordações, mas um fato me marcou para sempre. Foi numa destas festas de confraternização da Gapnet. Na época que acostumávamos em premiar os nossos colaboradores. E sorteávamos Eurekas para todos que participavam do evento. Lá estava eu como mestre de cerimônias, comandando o sorteio e bradava o número, como um condutor de um bingo de quermesse. Gritava o número ao microfone e repetia até o premiado aparecer. Neste dia, não sei por que razão, antes da cerimônia de abertura e dos avisos paroquiais (meu speech aos colaboradores), rezamos todos juntos, de mãos dadas, o Pai Nosso. Seguindo a programação e nos primeiros sorteios algumas pessoas, nossos funcionários mais simples sendo sorteados. E lá pelas tantas, digo que a noite é especial, pois Deus estava lá fazendo justiça, pois os premiados eram pessoas humildes que estavam ganhando as Eurekas.

Vem os maiores prêmios da noite. Chamo ao púlpito os colaboradores mais queridos para sortearem os papéis com números e informá-los ao microfone. Na sequência, da. Célia para o 3o. maior prêmio. Número tal, vem fulano. Chamo a da. Odete para o 2o. maior. Número tal e vem beltrano receber. 
Paro e chamo o sr. Floriano para sortear o último e maior prêmio da noite. Fazemos suspense. Mão na urna. Sorteia-se e lê-se o número 464. Pausa... ninguém grita. Eu me socorro na lista geral e vejo o número e a quem corresponde. Na linha do número 464, nome Floriano. Silêncio. Fico embasbacado e falo baixinho escondendo o microfone, me dirigindo ao Flor. – É você o sorteado! Ele não acredita. 
Eu fico sem voz. Mas busco força e digo. – Gente, esta noite eu vi mais uma prova que Deus existe e Ele esteve aqui. Estufo os pulmões e grito: – O premiado é o seo Flor.
O salão do Circolo veio abaixo. Nunca senti a presença de tanta emoção e energia num só local. Esse momento jamais me esquecerei.

Não o temos mais anônimo como fulano, beltrano e sicrano. Obrigado por existir e estar conosco com toda a sua jovialidade, Floriano. 
Você é uma daquelas pessoas que constrói tijolo por tijolo a imagem da dignidade humana e faz com que a gente tenha vontade de acreditar: vale a pena ser humilde, vale a pena ser do bem. 
Um beijo e abraço, meu amigo.

terça-feira, 18 de março de 2014

Meu louvor a São José.


Dia de São José - 19 de março.
Apesar da minha descendência árabe por parte de pai e meio espanhola e meio portuguesa por parte de minha mãe, desde criança fui criado em lar cristão, e por força de minha época de estudo ter aulas de religião em escola estadual, acabei fazendo primeira comunhão e seguir a Igreja Católica Apostólica Romana. Nasci em S. José do Rio Preto, e desde guri me acostumei com as festas do padroeiro da cidade, dai a forte predileção por São José, sem no entanto ser seu devoto. Deveria ser do outro santo, o São Jorge, cassado por Paulo VI. Porém nutro uma devoção especial por São José e o motivo não é apenas religioso. É por causa de uma guloseima italiana de nome Zeppole*. Na década de 90 conheci esta delícia na Doceria Confital na Avenida Brigadeiro Luís Antonio com rua Major Diogo, em frente o antigo Hotel Danúbio, na Bela Vista. E além do prazer de degustar o doce, Zeppole, fiquei apaixonado pela história que cerca o doce italiano e sua comercialização. 
Na Confital só havia uma fornada do doce. Vendeu, acabou! Acabou mesmo. Se quiser mais, só no próximo ano. Por isso os fregueses levavam de baciada. E eu por ser néscio no assunto, comi apenas um.  Dolorosamente fiquei sabendo que havia acabado naquela tarde, quando voltei para comprar mais uns. Mas foi o suficiente para me apaixonar. Ficou a lembrança e esperança para o ano acabar logo e a torcida para o ano começar já em março. Contava os dias, sonhava com aqueles doces chamados com nome estranho, Zeppole.
Os anos foram sucedendo e lá ia no dia 19 de março comprar uma dúzia, logo cedinho. Me garantia. Porém numa bela manhã de 19 de março, estaciono, saio do carro na rua Major Diogo. Sigo para esquina, e tenho um tremendo susto. 
A doceria havia fechado (veja a foto). O que houve? Afinal eu passava por lá uma vez por ano. E no intervalo de 365 dias muita coisa acontece. E aconteceu. A Confital fechou!. Lá vai o desânimo em pessoa. Uma tremenda frustração. Onde é que eu vou encontrar o doce Zepolle? Fiquei a ver navios um bom tempo. 
Em 2006, passando por acaso na avenida Vieira de Carvalho, entro num local tipo praça de alimentação e logo na entrada observo a doceria Dulca, creio que era dia 16 ou 17 de março, vejo um cartazete no balcão de doces e salgados. Dizia "Dia 19 de março, dia de São José. Temos Zepolle. Compre aqui". Loucura, voltou tudo! Babei, estrebuchei, chorei, ri, enfim depois da excitação veio a pergunta. – Quando? Como faço? Deixo pago, agora? Devo encomendar? Resposta lacônica. – Venha comprar, mas venha cedo. Não é preciso dizer o que fiz. Anos mais tarde a situação muda. Já nos dias próximos da data santa estão à venda e duram até alguns dias após o aniversário de São José, benditas fornadas e isso perdura até hoje. Graças a Deus, graças a São José. Viva São José.
Ah, tem uma outra história de devoção por São José e é sobre comida mais uma vez. É a Festa de São José na Vila Zelina. Mas isso é motivo para outro post. Hoje já estou com a água boca, afinal amanhã é dia de comer Zepolle.
*A zeppola (singular de zeppole) ou, alternativamente, zeppoli, bolo de São José ou Bignè di S. Giuseppe, é um pastel de massa folha típico das regiões de Roma e Nápoles. Também servido na Sicília, o doce é um típico artigo de pastelaria da cozinha italiana.

domingo, 16 de março de 2014

Ex-gordos simpáticos com muito orgulho.


Gordinhos simpáticos. Mas acima de tudo, obstinados.
Vou me render neste dia aos meus dois extraordinários colegas, diria formidáveis. Antes de mais nada, amigos de longa data. O Oscar é do tempo da Holiday Tours, anos 80, já o Pasqua é da Gapnet do início da Major Sertório. Oscar Tejada e Márcio Pasquarelli, peço licença a vocês para mostrar algumas fotos antigas. E é justamente pelo fato de serem mostrados dessa forma, obesos, que eu serei testemunha da batalha de vocês dois, relato a seguir a luta que vocês travaram com a obesidade.
O primeiro deles foi na base da cirurgia, foi o Oscar. E o outro no controle na dieta, na força de vontade, exemplo que o Pasqua nos deu. O objetivo foi alcançado em ambos os casos. Qualidade de vida, auto-estima, satisfação pessoal e vitória da obstinação. A conquista maior.
Hoje, leves e soltos são exemplos de vida para todos, mesmos para os magros, para os normais, diria um esteticista. Pois não se contentaram em emagrecer radicalmente. Deram continuidade. Fazem algo, que por sinal deveria ser feito por todos nós. Correm. Fazem circuitos de corrida e estapam orgulhosos seus números positivos nas redes sociais.
Hoje esses dois são motivos de muitos seguirem seus exemplos. Estou sabendo do Fernando Ramires lá em Niterói, do Paulo Bispo em Salvador e por aí vai. É a busca pela qualidade de vida. É o basta ao sedentarismo. É o prazer de cada passo para frente, cada quilometro deixado para trás. É a chegada para a obstinação.
Amigos, Oscarito e Pasquinha, parabéns. Vocês são exemplos a serem seguidos como pessoas, como parceiros, como vitoriosos. Beijos. 

sábado, 15 de março de 2014

1966 - A Copa da vergonha.

COPA DO MUNDO DE 1966. O ano em que Pelé foi caçado em campo.
Acabei de assistir ao documentário da Copa do Mundo de 1966 na SporTV. Copinha fraca. Aliás foi maior fiasco da nossa seleção canarinho. Mas o que deu pra sentir é que foi muito baixo nível técnico. O gol da Inglaterra na prorrogação, então! Acho que qualquer seleção mediana de hoje ganharia com facilidade das seleções da  Inglaterra ou Alemanha, apesar de nomes com Bobby Charlton, Bobby Moore, Gordon Banks, Franz Beckenbauer, Owe Seller e outros. O campeonato ainda tinha as regras antigas, sem substituições, a bola poderia ser recuada pra o goleiro, não tinha área técnica ao lado do campo para as instruções do treinador, não tinha publicidade estática nas laterais e linha de fundo.
E a torcida? Em pleno mês de julho, ou seja, verão no hemisfério norte, todos impecavelmente trajados de paletó, e boa parte com chapéus. A rainha Elizabeth bem jovem, esbelta ao lado do marido, princípe Phillip. Notei que os uniformes dos atletas não tinha nenhuma menção ao fabricante. Nada bordado, além da numeração nas costas, sem nomes dos jogadores e na frente apenas com o emblema (distintivo) da confederação do país participante.Vi as três tiras em chuteiras dos jogadores europeus, principalmente. E finalmente sobre o nosso querido uniforme amarelo. Ainda tinha o emblema de CBD ( D de desportos) e não CBF (F de futebol) como é hoje. E o tira-teima até hoje não provou que a bola inglesa entrou no gol alemão.
Chupem Beckenbauer, Eusébio, Rattin (hermano), Yashin, Azurra, seleção italiana que apanhou da Coréia do Norte. 

sexta-feira, 14 de março de 2014

O seu padrinho é presente?

Padrinhos e madrinhas.
Lá estavam. Os @gapnianos. Quase 100 deles. Diretores, gerentes, supervisores das áreas administrativa, financeira, filiais, comercial e TI.
Meu primeiro ano como diretor de marketing, fruto da reformulação que o board desejava,
Vindos de todos os rincões. Representavam os 18 estados da presença GAP no Brasil. 
Por isso naquele ano, no Encontro, todos vestiam azul.
Tema do Encontro "Compromisso e Planejamento". Estávamos inaugurando o espaço para eventos do Resort Villa de Mantova, em A. de Lindóia, cheirinho de casa nova, igual o carro 0 km. Inspirava o alto astral.
Como todos os encontros de capacitação e treinamento, os diretores e alguns gerentes se apresentavam os planos para o futuro, sem antes analisarem os números do ano em curso. Depois da fala dos sócios, seguia-se apresentação do planejamento das áreas de TI, Comercial, Adm./financeiro, RH, Filiais, Produtos e MKT, por fim.
Neste ano tínhamos uma novidade. Um consultor de larga experiência, sr. Bernardo Feldberg fazia sua estreia no grupo. Novos tempos, novas ideias, novos desafios. Programação feita. Três dias de trabalhos. Parte da manhã e tarde, trabalhos e à noite atividades lúdicas, lazer total.  Comemorava-se a integração e se fazia trocas de experiências de cada unidade, afinal era um momento único. Todos juntos no mesmo barco, confinamento total.
Dentro da programação, a minha apresentação seria feita ao final dos trabalhos, uma honra adquirida ao longo dos tempos de casa. Fruto da experiência, trilha na condução do meu trabalho e de outro lado do respeito que se dava aos meus cabelos grisalhos, cujo  respeito era simbolizado pela expressão da qual me denominavam de  "Mestre".
Por força da programação, eu faria duas palestras. A primeira sobre o Marketing no primeiro dia. Lembro-me que ao final, após aplausos incontáveis, pedi humildemente aumento nos proventos. É claro, que a proposta foi rechaçada (risos). A segunda, no último dia, a palestra de fundo, a de cunho motivacional, um tipo de "grand finale" para fechar o Encontro e o Ano, já que depois do encerramento, partiríamos para a Festa de Confraternização em S. Paulo, juntando-se com a todos os colaboradores.
Continuando com a palestra, este era esperada por todos, pois no ano anterior em Bragança Paulista, fiz todos chorarem de emoção com as lembranças das conquistas de cada um de nossos antigos companheiros.
O tema era o sonho realizado por dois obstinados rapazes, que em julho de 1995, ousaram enfrentar as feras do turismo que estavam no trade há muitos anos. Com um diferencial que foi o nosso maior mantra. 100% agente de viagens. Outro ponto foi a escolha do nome. Gap, que significa brecha, atalho, e justamente era o que os "moços" queriam. Abrir o espaço, cujo terreno era dominado pelas velhas lideranças. 
Prossigo, a certa altura da minha apresentação, peço para uma equipe previamente treinada distribuir alguns bottons aos presentes. Trazia impresso o slogan que seria adotado pelo o ano seguinte durante os 365 dias. 
O pessoal prontamente começou a colocar em si próprio. Imediatamente com o microfone em punho, bradei: – Esperem! Ainda não terminei a minha fala. Aguardem a sequência, por favor. 
Stop. Em seguida peço que o vizinho coloque na pessoa que está ao seu lado à esquerda, lado do coração. Começa um pequeno alvoroço. Peço paciência. Ficamos aguardando a finalização daquela tarefa. Recomeço e digo: – Esse colega que te colocou o broche no teu peito, será o teu padrinho que zelará pelo ano inteiro.  Portanto será aquele que manterá acesa a chama desse compromisso que assumimos neste momento. O de fazer da nossa empresa a melhor de todas. Confesso que o resultado teve dois momentos na vida da empresa. Naquele primeiro momento senti uma união fantástica. Se dependesse daquele dia, ninguém nos enfrentaria, pois caso o fizesse, ganharíamos qualquer batalha. E o Day After? 30 dias após, uma grande maioria exibia orgulhosamente o broche. 60/90 dias, poucos o usavam. Meio do ano, uma meia dúzia estampava no peito ou ao lado do crachá. Vale aqui registrar que duas pessoas nunca deixaram de usar, Paulo Bispo e César Faria. Eu por exemplo, usei durante o ano inteiro e ainda guardo-o comigo. Quem foi o meu padrinho? Eu mesmo, pois estava no palco, sem ninguém ao meu lado. Talvez por essa razão, me mantive sempre zelador das minhas ideias e propostas, por coerência e pura ética. Muito embora eu tire uma moral desse ato simbólico. "Quando você não desiste, você não tem como falhar". É isso ai, #companheiros. Nunca desistam, mesmo que o padrinho seja fraco!
(Águas de Lindóia, dezembro de 2010)

quinta-feira, 13 de março de 2014

Comida em lugares antigos, um prato cheio.

Restaurantes na região em que trabalho há mais de 40 anos.
Está aí uma coisa espetacular. Os nossos restaurantes, lanchonetes, bares e cafés da nossa região central. Circulo na região desde os anos 70, quando cheguei do interior e fui morar no Bloco D do Edifício Copan.
De lá pra cá, nunca deixei essa região central. Quer para morar, quer para trabalhar e às vezes quando fui morar e trabalhar em outros bairros de Sampa, nunca deixei de vir até essa parte exótica e surpreendente da vida paulistana.
Sempre estive entre o quadrilátero cercado pelas praças da República, Roosevelt, Dom José Gaspar; entre o Largo do Paissandu, Largo do Arouche; os viadutos Major Quedinho, Do Chá, Santa Efigênia e as avenidas S. João, Duque de Caxias, Rio Branco, Ipiranga,  Consolação, Brigadeiro Luis Antonio e Elevado Costa e Silva. Neste emaranhado de vias e viadutos. Nos quase cinco ou seis quilômetros de perímetro, temos preciosidades como o Bauru do Ponto Chic, o chopp do Bar Léo, a Rabada do Marajá, a Feijoada e o Nhoque da Fortuna do Gato que Ri. 
Também encontramos os pratos da culinária italiana do Carlino, Gigetto, Famiglia Mancini e Circolo Italiano. As churrascarias de preços nunca abusivos como Churrasqueto (tão longevo quanto o Carlino) e Boi na Brasa. 
Dos novos como o Bar da Da. Onça, a invasão dos japas, o Bistrô fundado pelo nosso amigo Eduardo Bittencourt, aos vegetarianos Apfel e Nutrisom. 
As praças de alimentação da Vieira, antigo espaço da confeitaria Dulca, temos uma meia dúzia de self-service, essa moda que acabou com o charme dos restaurantes de guardanapo de pano e garçons impecavelmente vestidos de branco.
Dos mais antigos como La Casserole e Bar Brahma e os extintos como Um, Dois, Feijão com Arroz, Parreirinha, Paddock, Franciscano, Café Vienense, Leiteria Suíça, Eduardo's, Bar Cinzano, Baiúca, Massa D'oro, Jack in the Box, Costa do Sol, Casa Ricardo, Ferro's Bar e Snoopy (point de LGBT), Cantina Amico Piolin, Salada Record, Café Mocambo, o 1o. em servir café expresso. O Galeto's e o Rubaiyat que mudaram para outras regiões.
Dos sobreviventes como o Estadão, o melhor sanduíche de pernil do mundo, Marajá, Paribar, Chamon, Sujinho, Califórnia, Da Giovanni, Planeta's, Almanara, Amigo Leal, Bar Léo e alguns botecos com serviço nota 10.  
Dos étnicos como Rinconzito Peruano, o Biyou'z (africano), La Farina, Habib Ali, todos entre as avenidas S. João e Rio Branco, próximos da famigerada região da cracolândia.  
Os que ocuparam pontos de antigos restaurantes como o Chopp Escuro, 7 Grill, os renovados Chamon e Paribar, do Planeta's, Almarara, Da Giovanni, Califórnia, que continuaram nos mesmo locais.
Como esquecer dos cafés, como o Canelinha na D. José, do Tiradentes (Copan), do Magrão na Marconi e outros novos, Suplicy na praça da Biblioteca e outra infinidade nos quatro cantos da Av. S. Luís. 
Pois é, nestes 44 anos que circulei nesta cidade, sinto que muita coisa mudou, mas nada mudou no sentido que a cada dia, a cada semana, a cada mês e a cada ano, a vida se renovou mesmo ficando no mesmo lugar.  
A metamorfose ambulante passeia em nossas mentes. E a gente lembra que vai envelhecendo, mas nunca ficando velho.  
(Reprodução)

quarta-feira, 12 de março de 2014

Deficiente? Deficientes somos nós!

PRESENÇA DE ESPÍRITO - 
Tenho uma particularidade às segundas-feiras. É dia do meu rodízio. Venho há tempos usando o transporte público. Ora de Metrô, quando minha esposa me deixa na Barra Funda, ora de CPTM, pego o trem na estação Lapa, uns 800 metros de casa, assim caminho bastante (faz bem a saúde, dizem), ora de busão. O terminal da Lapa na zona oeste está bem servido de ônibus. 
Pois então, hoje segundona, pego o ônibus no Terminal da Lapa. Linha 8.000 - ponto final na rua Xavier de Toledo, perto da empresa, e no penúltimo ponto desço tranquilo já com o ônibus quase vazio. São de 20 a 30 minutos de puro contato com o público sofrido desta Sampa que não para. Idosos, jovens, senhoras, rapazes, a nata da classe C e D. 
Mas o que eu quero relatar aqui, são os exemplos de vida que vejo nessas viagens. Talvez um dia eu escreva as minhas memórias, e nessa narração, guardarei um capítulo especial sobre essas viagens curtas que faço de casa pro trabalho e vice-versa. Quem sabe o Haddad me patrocine (risos).
Mas vamos ao relato de hoje. Entro no ônibus e me sento. Dá-se um tempo e entra um cidadão cego, ajudado pelas pessoas a ingressar ao veículo. Senta-se atrás do motorista em assento destinando aos preferenciais. 
Começa a viagem. Anda e para, anda e para, segue. Fico ouvindo a conversa do cego e o motorista. Percebo que a conversa é longa. E o cego se mostra mais informado do que o próprio motorista. 
O assunto é sobre o limite de velocidade nas ruas de S. Paulo. Algumas 70 km, outras, em sua maioria 60 km e aí entra a novidade que nem o motorista do ônibus sabia. O cego diz que já estão controlando algumas ruas no centro da capital, a 40 km por hora, e tudo isso ele diz ter sabido através das rádios e televisão.
E para finalizar, mais uma do cego e essa me surpreendeu, pois entendi como uma atitude puramente de presença de espírito. 
O ônibus passa pelo cruzamento da Rua Clélia, já no final, com a avenida Pompéia, próximo do shopping Bourbon e da nova arena do Palmeiras. O semáforo fecha e um rapaz do jornal Destak entrega alguns exemplares para o nosso motorista. 
Nesse instante o cego diz: - Motorista, me dê um exemplar do jornal, por favor! 
Todos dentro do ônibus ficaram surpresos. 
Isso é maravilhoso, por isso continuo a andar pelas ruas de S. Paulo. Aprendo a cada dia, me surpreendo a cada instante.
(Escrevi originalmente esse texto no dia 02/dez/2013 - REPRODUÇÃO).

terça-feira, 11 de março de 2014

A escrita que virou coxinha.

 Antes
Depois.

A incrível estória do local onde se aprendia a arte da boa caligrafia que foi trocado pelas coxinhas, empadas, esfihas, sanduíches e refrigerantes. Mas antes vamos falar dessa tal profissão que resistiu ao preconceito, a modernidade e a era da tecnologia.

Caligrafia: é uma escrita manual, em que se destacam a beleza, a uniformidade e a elegância. O termo vem grego kallos (beleza) e graphos (escrita). Designa o produto dos calígrafos, profissionais da escrita manual, que realizaram muitos trabalhos na Europa, entre os séculos XVI e XIX. O primeiro manual de caligrafia data de 1.522, 22 anos após o descobrimento do Brasil. E que provavelmente caminharam juntos com os padres jesuítas que aportaram em países nos descobrimentos das Américas. No século XVI a caligrafia estava praticamente restrita a diplomas, títulos e correspondência diplomática, aplicações que até hoje permanecem. Quem não quer fazer os convites de casamentos com aquelas letras bonitas? E com ares de feitos especialmente, artesanalmente, denotando que são feitos um por um, destacando-se a ideia de atenção aos convidados. Mas isso nos dia de hoje é pouco para se preocupar em ensinar as pessoas. A tecnologia faz isso no lugar do calígrafo. Apostar na tradição e divulgá-la para o público como principal diferencial do empreendimento é fundamental para amealhar novos alunos para o curso de caligrafia e batalhar para a sobrevivência da profissão.
Enquanto isso, a cidade se degrada, prédios antigos são demolidos, dando espaço para a volúpia imobiliária, antigas edificações são engolidas por prédios comerciais e por aí vai.
Eu, como já disse outras vezes, sou um curioso contumaz, vivo olhando como um camaleão e notei, primeiro a casa com a placa de "Curso de Caligrafia", toda pichada pelos artistas (?) e sem o menor movimento, quer de alunos quer de pessoas interessadas em caligrafia.
Tirei a primeira foto para guardar. Pensei? Num dia desses isso vai dar uma estória. E não é que deu! Prontamente vi a fachada ser alterada, colocaram uma testeira e uma placa informando que o local iria virar uma lanchonete. Nada mal. Ao lado temos um banco, em frente um ponto de ônibus, a entrada ao Parque da Água Branca e mais à direita uma universidade, a Uninove. Pensaria? Mais de milhares de frequentadores, funcionários e alunos, estes esfomeados de saber (?), chegariam com fome até às aulas. Será que iriam procurar algo para a melhorar a escrita ou algo para encher o bucho? Bingo! Uma lanchonete.
Comer e comer, beber e beber. Escrever bem não é prioridade do brasileiro. Isso nos dois sentidos. Quer gramaticalmente, quer na escrita, na caligrafia. Aliás o garrancho faz parte da nossa vida escolar e se perpetua até o dias de hoje, do primário ao universitário.
Vide as receitas dos médicos para não me deixarem mentir. Pois então, fica aqui o meu registro de que até as melhores escritas são engolidas literalmente. 
Nota de rodapé. 
A Família Di Franco, mudou-se e está em outro local, seguindo a tradição dos pioneiros. Já estão na terceira geração e pretendem continuar. Não vendendo coxinha, mas sim, ensinando o paulista a escrever bonito. Quem quiser saber mais, veja a página deles. Divulgá-los é o mínimo que posso fazer por estes batalhadores da escrita. Link: www.profdefranco.com.br

domingo, 9 de março de 2014

Filhos: passado, presente e futuro.



9X9X9X? - Filhos: passado, presente e futuro.
Tenho uma particularidade em minha vida com relação aos meus filhos.
O Jorge Arthur (Jota), fruto do meu primeiro casamento, nasceu em julho de 1980, meu leonino, quis a vida que viesse com a síndrome de Down. Depois já no meu segundo casamento, tive duas meninas, hoje mulheres. Nadine (Nani) nascida em novembro de 1988 e Micaela (Mica) em dezembro 1997, minhas duas sagitarianas. 
O interessante é que existe uma diferença entre os nascimentos, o intervalo é de nove anos. Brincava na época quando a Micaela nasceu, que o meu próximo filho nasceria em 2006, quando eu estaria com 55 anos, o que seria o tal pai-avô. Não veio, ainda bem, pois, como pai separado ainda pago o acordo judicial de pensão alimentar e convenhamos, se tivesse aquele filho ou filha em 2006, pagaria pensão até o ano 2024, que futuro incerto. Sabem com qual idade eu teria? Setenta e três anos! Fala sério. Um verdadeiro roteiro de um dramalhão mexicano. 
Mas o que importa é que hoje somos felizes, apesar de tudo. Vejo menos o meu eterno guri Jota do que as meninas, mas tenho a consciência de que, embora as relações pessoais entre marido e esposa não deram certo, a relação paterna afetiva é ótima. 
E creio que é isso que importa. E esta relação é definitivamente para sempre! 
Filhão e filhotas, amo vocês, estamos juntos e misturados.

sábado, 8 de março de 2014

Mulheres de Atenas.


Mulheres de Atenas.
Mais uma vez me valho das letras de músicas de autores brasileiros.
Desta vez é do compositor, escritor e cantor Chico Buarque
"Mirem-se no exemplo,
Daquelas mulheres de Atenas,
Vivem pros seus maridos, Orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam, Se banham com leite, se arrumam, Suas melenas, Quando fustigadas não choram, Se ajoelham, pedem imploram, Mais duras penas; cadenas"

São apenas as duas primeiras estrofes. Mas neste dia internacional da mulher, quero me render a quatro mulheres. São três gerações. Minha querida e valente mãe, Odete. Viúva há sete anos, vive bravamente nos seus 88 anos. Terceira filha de meus avós Maria e Honorival. Única sobrevivente que restou. E minha eterna mãe com a qual estive nesse último período de carnaval em S. J. do Rio Preto. Minha batalhadora, meu esteio. Não me canso de falar e mostrá-la nas redes sociais como a "Vó Dete", minha fonte de energia.
Inês Escher, a minha Nina. Minha paixão dos anos 70, que a vida quis nos marcar e separar por quase três décadas. Hoje minha companheira para tudo. Estamos juntos e misturados. Minha parceira que me ouve, compreende e aconselha.
Lembramos da frase que se diz no altar, mas que não tivemos oportunidade de pronunciar "... prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te, respeitando-te", mas que por certo convivemos em nossos dias e que irão perdurar para sempre.
Minha guerreira, principalmente nestes dias em que estamos passando com a sua enfermidade e no seu tratamento. A vida nos prega peças. Quando temos tempo para ser feliz e oportunidade para aproveitar, vem uma adversidade. Mais são os desígnios e iremos atravessar essa ponte juntos, com certeza. Te amo, amore.
E finalmente a terceira geração, minhas maravilhosas filhas, Nadine e Micaela. Anjos que gerei. Mulheres que ajudei a criar. Filhas que amo tanto e que não me canso de ver e conviver. Cada ano, cada passo, cada conquista, lá estava o orgulhoso pai, feliz e chorando. Me lembro de cada momento conquistado na vida escolar. Cada momento em que nos separamos, mas a vibração de cada momento do novo encontro.
Talvez por ser o que sou, registrei a vida de cada uma delas, uma festinha no aniversário, na escola, no shopping, na igreja, na pista de gelo, no brinquedo do parque, nas festas de final de ano, nas viagens de férias, nas viagens para fora do país, na praia, na neve. Enfim, o pai zeloso e orgulhoso com mania de captar as emoções, se vale às vezes, das imagens para que num momento reservado onde a memória possa falhar, se lembrar e chorar internamente viajando naqueles momentos felizes perpetuados e ver que tudo foi feito com coração. Sempre e eternamente com o coração.
Amo todas vocês, minhas mulheres de Atenas. Hoje brindo a todas as mulheres e particularmente as minhas destemidas guerreiras.

quinta-feira, 6 de março de 2014

E eu pergunto: com que roupa?

Com Que Roupa? Samba de Noel Rosa
"Agora vou mudar minha conduta
Eu vou pra luta pois eu quero me aprumar
Vou tratar você com a força bruta
Pra poder me reabilitar
Pois esta vida não está sopa
E eu pergunto: com que roupa?
Com que roupa que eu vou"

Ando pensando o que farei daqui uns meses. Um pouco antes da Copa deverei me desligar da coordenadoria de Redes Sociais e dos meus afazeres no Grupo GAP.
Estou em fase de reflexão. O que deverei fazer? Já escrevi anteriormente que penso em três alternativas. Reposição, consultoria ou aposentadoria.
Não antes de resolver alguns perrenges de ordem familiar e pessoal em S. J. do Rio Preto. Depois disso, um belo check-up médico. Viajar no período da Copa, aproveitar um período sabático e no segundo semestre, reavaliar a situação.
Mas com que roupa irei pra luta? Com jaleco de professor? Com terno de executivo? Ou chinelo de aposentado? Confesso que estou com sérias dúvidas. Tudo preparado? Claro que não. Estive neste período de carnaval na minha cidade natal. Ao lado de minha querida mãe, fiquei pensando. A vida nos prega peças. Fui sempre mimado e paparicado por ela. E agora é a vez dela. Papariquei a vovó Dete todos estes. E na hora de voltar para S. Paulo. Você ouve um pedido. - Filhão, quando é que você vai voltar de vez pra cá? Ô dureza. Não faz isso comigo, mãe!
Volto a lembrar deste samba do Noel.

"Eu já corri de vento em popa
Mas agora com que roupa?
Com que roupa que eu vou
Pro samba que você me convidou?"

Estou de novo correndo, esperando o dia D chegar. Dia D, de despedida, de desligamento, de deixar, enfim, por mais que a gente se prepara, fica aquele nó de emoção na garganta. Mas como diria o locutor esportivo. - O tempo passa. Aguenta coração.
"O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar"
Lembro do Milton Nascimento e encerro meu post de hoje.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Brava gente brasileira.

Bendita sois vós, divinas copeiras. Divinas super mães.
Elas são consideradas as nossas verdadeiras mães. Pacientes e generosas. São umas santinhas. As nossas queridas copeiras, Dona Odete (conosco desde a fundação - 1995) e dona Célia. Veio um dia substituir a dona Odete e acabou ficando de vez. Não conseguimos viver sem elas. E os nossos amigos que nos visitam, também as amam. Muitos executivos de Cias. Aéreas, são paparicados. Dizem até o que gostam, ora cafezinho, ora água gelada e ora chás com sabores. Isso só tem aqui na Gapnet. Eu por exemplo, fui e ainda sou muito mimado por elas. A empresa cresceu e contratamos mais copeiras. Vieram muitas, mas iguais a dona Odete e Célia, ninguém superou. Lembro que tivemos uma substituta, acabou ficando em definitivo, baixinha e gordinha, apelidei de Maria Xicrinha, ficou muito tempo conosco e depois saiu. Nos deixou. O valor dessas copeiras está não só em nos atender e servir de maneira cordial. Tem o dom natural de fazer aquele café especial. Cortar as frutas para os que seguem dietas rígidas, manter a água geladinha, chás para as visitas e tudo mais. A dona Odete, como eu disse está conosco desde o começo da Gapnet, começou como copeira e mas também atendeu num período curto na cozinha, fazendo almoço para os sócios e mais alguns convidados no 6o. andar da Barão. E servia sempre misturas básicas, carne e salada, às vezes arroz e as massas não podiam faltar nenhum dia. Mas justamente numa ocasião com muitas visitas, dona Odete se viu sem estoque de macarrão e entrou na sala de refeição, onde estavam todos sentados, diretores e convidados, virando-se em direção do Rui, soltou a pérola:
- Seo Rui, acabou o penne (porém com o som da palavra PÊNIS), não é preciso dizer que não houve almoço, foram todos para o Almanara, não havia clima para almoçar na Gapnet naquele dia.
Uma outra oportunidade muito legal em 2007, foi quando a levamos para uma primeira vez em ter a experiência de voar. Fomos até o Rio de Janeiro com uma programa da antiga Cia. Aérea Continental, hoje United. A nossa querida executiva Cátia Schick promoveu um famtur com pessoal interno da Gapnet. E lá foi a dona Odete em classe executiva, e imaginem só ao lado de quem? Nada mais do que o ator José Wilker. Não é preciso dizer que ela amou essa experiência. Ela adorou tanto que às vezes me pergunta baixinho: - Seo Salim, não tem mais passeios deste, não?
Mas o valor destas mulheres transcende ao fato de cumprirem as funções na copa da empresa. O valor está em serem mães e mulheres devotadas ao desenvolvimento de seus filhos.
A dona Odete, por exemplo, colocou o filho como office-boy. Márcio Machado, o nosso querido Bodinho, hoje supervisor de Cias. Regionais, depois de passar por um treinamento, ainda quando boy, no Sabre. Virou emissor, depois foi para o atendimento de Cias Domésticas. Evoluiu sob os olhos da zelosa mãe Odete. Não satisfeita, colocou a filha, Marcília para atendimento na recepção da nossa operadora, e hoje a vê na área administrativa da MMT.
A dona Célia não ficou parada. Colocou de uma só vez, o genro e filha recém casada para trabalharem no grupo. E mais tarde, a Andressa uma filha menor de idade, queria trabalhar em estágio. Célia, pagou curso de computação para a filhota, antes mesmo de ser admitida como estagiária no MKT da operadora. Fico feliz por participar destas conquistas delas. E mais ainda quando sabemos que os filhos cresceram e firmaram-se em suas funções, não as decepcionando.
Dona Odete e dona Célia, super mães, a nossa homenagem por acreditarem que a vida é feita de dedicação, amor e fé na continuidade da família. Mesmo humildes, não se renderam, não se acomodaram. Coragem é a missão que estas valorosas mulheres decidiram abraçar.
A turma da Gapnet, Cátia Schick (centro) e a dona Odete ao meu lado.