quinta-feira, 6 de março de 2014

E eu pergunto: com que roupa?

Com Que Roupa? Samba de Noel Rosa
"Agora vou mudar minha conduta
Eu vou pra luta pois eu quero me aprumar
Vou tratar você com a força bruta
Pra poder me reabilitar
Pois esta vida não está sopa
E eu pergunto: com que roupa?
Com que roupa que eu vou"

Ando pensando o que farei daqui uns meses. Um pouco antes da Copa deverei me desligar da coordenadoria de Redes Sociais e dos meus afazeres no Grupo GAP.
Estou em fase de reflexão. O que deverei fazer? Já escrevi anteriormente que penso em três alternativas. Reposição, consultoria ou aposentadoria.
Não antes de resolver alguns perrenges de ordem familiar e pessoal em S. J. do Rio Preto. Depois disso, um belo check-up médico. Viajar no período da Copa, aproveitar um período sabático e no segundo semestre, reavaliar a situação.
Mas com que roupa irei pra luta? Com jaleco de professor? Com terno de executivo? Ou chinelo de aposentado? Confesso que estou com sérias dúvidas. Tudo preparado? Claro que não. Estive neste período de carnaval na minha cidade natal. Ao lado de minha querida mãe, fiquei pensando. A vida nos prega peças. Fui sempre mimado e paparicado por ela. E agora é a vez dela. Papariquei a vovó Dete todos estes. E na hora de voltar para S. Paulo. Você ouve um pedido. - Filhão, quando é que você vai voltar de vez pra cá? Ô dureza. Não faz isso comigo, mãe!
Volto a lembrar deste samba do Noel.

"Eu já corri de vento em popa
Mas agora com que roupa?
Com que roupa que eu vou
Pro samba que você me convidou?"

Estou de novo correndo, esperando o dia D chegar. Dia D, de despedida, de desligamento, de deixar, enfim, por mais que a gente se prepara, fica aquele nó de emoção na garganta. Mas como diria o locutor esportivo. - O tempo passa. Aguenta coração.
"O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar"
Lembro do Milton Nascimento e encerro meu post de hoje.

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