quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Melhor que acreditar em Papai Noel, é se tornar um Papai Noel.

O exercício leva a teoria à prática. É preciso agir. Lembremos do sinônimo de hábito: prática e o sinônimo de prática: ação, execução, aplicação, exercício, atividade.

Deus colocou a cabeça acima do coração para que o homem não aja só com o pensamento, mas também através do coração, amando ao próximo.

E não fique alardeando os teus feitos. Lembre-se que a mão esquerda não precisa saber o que a direita faz.

Não basta saber, é preciso aplicar. Não basta querer, é preciso também agir, como dizia Goethe.

Nossa religião é aquilo que fazemos quando o sermão acaba. Já está mais do que batida a máxima de que exemplos e atitudes é que valem, pois discursos e palavras se perdem ao vento. Podemos dizer frases bonitas e argumentar com propriedade, porém, a forma como vivemos é que determinará o que somos, o que temos dentro de nossos corações.

A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros, nos lembra Allan Kardec.

A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira. (Leon Tolstoi)

A falta de amor é a maior das pobrezas humanas. Não espere pelo outro. Faça você mesmo. Sozinho, pessoa por pessoa. (Madre Teresa de Calcutá)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Avenida S. Luiz, a meca das Cias Aéreas.

Nos nos 70/80, bastava passar nos poucos 500 metros da avenida S. Luiz, no centro de Sampa que você poderia estar a um passo do mundo.

Lá estavam as lojas das maiores Cias. Aéreas do Brasil e do mundo. Bastava entrar e escolher o destino, pagar embarcar e pronto. Os voos saiam do nosso e tradicional Congonhas na zona sul, o de Guarulhos não estava nem em projeto. Mais tarde, alguns viriam a voar de Viracopos em Campinas.
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Pelo Brasil poderíamos nos servir da saudosas Cias. Aéreas como Varig, Rio Sul, Vasp, Cruzeiro do Sul e TransBrasil. Pelas estrangeiras lá estavam com lojas imensas e lado a lado. Air France, Alitalia, LAB (Lloyd Aéreo Boliviano) se não me engano no mesmo local que tinha a loja da Braniff (empresa americana extinta), Aerolíneas Argentinas, TAP, KLM, Lufthansa, Lan Chile e Swiss.
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Próximo do cruzamento com a avenida Ipiranga e S. Luiz, do lado oposto ao edifício Itália, encontrava-se a loja da British Caledonian, que mais tarde viria a ser a British Airways. 
Por ser a mega das Cias Aéreas, as agências também fincaram-se nas imediações. Desde as poderosas operadoras Stela Barros, Nacional, Dimensão, Monarck, Ati, Panexpress, Casa Faro, etc... Também as locadoras, lojas de Seguro-Viagem e câmbio completavam as opções para os passageiros.

O grande ponto de convergência foi o moderno edifício, lançado em 1962, que tinha como novidade um enorme centro de compras com lojas de todos os tamanhos e restaurantes, além de uma cinema. A Galeria Metrópole era essa referência que permanece até hoje, bem ao lado da Praça D. José Gaspar, praça esta, com a maior biblioteca de América Latina, a biblioteca municipal Mário de Andrade.

Do outro lado da avenida, o Hotel Eldorado dava um toque de luxo, hoje está com outra administração e outro nome, creio que chama-se Boulevard e também o edifício garagem Zarvos com muitas lojas, lanchonetes, cafeterias e livraria, completava o quadrado mágico da meca do trade turístico da região.
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Esse núcleo de não mais de mil metros de raio, faziam S. Paulo exalar um cheiro europeu nas imediações. Hoje, por causa da degradação do centro, cruzamos com mais gente marginalizada nas cercanias da praça e a decadência do local, com poucas lojas e restaurantes de Self-service.

Hoje triste pelo fato de ter vivido uma época de ouro, de charme, quando S. Paulo era a meca de grandes empresas aéreas brasileiras, onde a concorrência era sadia, onde as pessoas se vestiam de forma elegante, respeitavam uma as outras, pois erguia-se o chapéu para cumprimentar as outras. Quantas vezes se cruzava com pessoas vestidas com sobretudo, guarda-chuvas empunhadas como bengalas e sapatos de cromo alemão legítimo, devidamente lustrados pelas engraxates que ainda permanecem espalhados por lá.

Feliz por ter essas lembranças e imaginar como seria comentado nas redes sociais de hoje aquela musiquinha da propaganda de rádio, que dizia: "Voe pela Cruzeiro do Sul. Estamos na Avenida S. Luiz em frente a Varig, Varig, Varig". Os memes seriam difundidos com grande maldade, não é? 
Até a próxima, amigos.

sábado, 1 de dezembro de 2018

Lembranças de um jovem interiorano que gostava de Publicidade.

A idade do convencimento vocacional.
Se existe uma coisa que adoro, é viajar no tempo. Principalmente nas coisas que me influenciaram na escolha de minha profissão que iria abraçar mais tarde, a publicidade.

Sou interiorano de S. J. do Rio Preto e na minha época de adolescência não existia preferência por outras profissões que não fossem a Medicina e a Engenharia.
Se o guri tivesse ojeriza por sangue faria a escolha por engenharia, caso contrário, escolheria a medicina. Falar em publicidade deixava as pessoas horrorizadas, minha mãe por exemplo. Dizia-me que não permitiria que eu fosse fazer "reclames" em S. Paulo. – Onde já se viu tamanha estupidez. Isso não é profissão. Como direi aos nossos amigos?

Mas segui minha intenção de me tornar um publicitário e optei em fazer o vestibular na Escola Superior de Propaganda e Marketing em S. Paulo, capital. 
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Todavia, como dizia, anúncios em jornais e revistas me faziam a cabeça, já que a televisão nos anos 60 eram captadas com muita dificuldade no interior, já que não haviam antenas e dispositivos de repetição como tivemos em décadas futuras, além de ser tudo em preto e branco.

E a rede que podíamos assistir era antiga TV Tupi. As outras, a TV Excelsior e a TV Record não chegavam até aquele oeste, tão, tão distante do estado de São Paulo. Portanto anúncios impressos eram meu o alvo preferencial. Outra paixão era o gosto por viajar. E viagens estão ligadas intimamente com a parte mais charmosa, que é a aviação. 

O turismo rodoviário e marítimo ficava em segundo plano, apesar do rodoviário ser o mais acessível para as pessoas do interior, porque nem aeroporto as suas cidades o tinham. 
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São José do Rio tinha um, sim. E já era conhecido por suas dimensões como aeroporto internacional. Em duas ocasiões tive experiências com aeronaves, a primeira em 1956, quando viajei com apenas cinco anos de idade, indo de S. Paulo para Rio Preto voando Real Aerovias, um DC3 e a outra quando o avião presidencial aterrissou por lá com o ex-presidente João Goulart em 1962, tratava-se de um Vickers Viscount, avião turbo-hélice de médio-alcance.

Neste post, então me dirijo aos nossos amigos do trade com essas duas peças da aviação comercial. Além da saudade da época, vejo com saudades duas ex-cias aéreas comerciais que voamos e que transportou tantos passageiros brasileiros pelo país e mundo afora.

Deleitem-se meus amigos, as nossas lembranças nos fazem bem. Até para entender os dias de hoje. Eramos felizes e não sabíamos. Até a próxima.