Como era antes de Kardec?
Como era a nossa compreensão quanto a Espiritualidade antes de 1857? Aquele menino de classe média nascido em Lyon, França cujo nome, Hippolyte Léon Denizard Rivail, que mais tarde chamar-se-ia Allan Kardec. Ao chegar em Yverdon, na Suíça, para estudar com o famoso educador Johann Heinrich Pestalozzi, fortemente seguidor de Jean Jaques Rousseau, um dos maiores filósofos do Iluminismo francês.
Sabemos que o universo conspirava favoravelmente nas palavras de Bertold Brecht, nessa época em que o Iluminismo aflorava nas artes, na música, na filosofia em todas as atividades da sociedade. Esse clima de transbordo de sabedoria e conhecimento da Humanidade. Kant, Descartes, Voltaire, Montesquieu, John Locke, David Hulme, Diderot, D’Alembert. O educador Pestalozzi, estudioso de talento e missão ímpar, transferiu esses conhecimentos ao jovem Hippolyte. Lembrando que na educação é onde encontramos a verdadeira transformação do homem. Kardec foi forjado no tripé que nos eleva ao entendimento e compreensão das civilizações, portanto do papel do Homem nesta caminhada. 1. Ciência - 2. Filosofia - 3. Religiosidade.
Como sabemos, os mensageiros enviados por Deus já traziam suas palavras e atos através dos tempos que iniciaram as antigas religiões como Taoismo, Confucionismo, Budismo, Xintoísmo, Hinduísmo, Judaísmo…
Profetas como Lao Tse, Huang Di, Lao Zi, Kung Fu Tzu, Zang Daoling, Krishna, Budha, Isaías, Moisés, deixaram os seus ensinamentos para nos fortalecer espiritualmente.
Os filósofos gregos, Platão, Aristoteles, Sócrates, Thales de Mileto, nos trouxeram entendimento para sabermos como nos preparar e adquirir posturas do comportamento moral do ser humano. Outros mártires também estiveram no transcurso da história e mostraram a todos o quão é importante lutar pela verdadeira espiritualidade através dos tempos. Joana D’Arc, Santo Agostinho, São Francisco, exemplos de seres mortais que pregaram a revolução humanitária. A transformação do olhar generoso de sermos seres que perdoam mais e seguidores das escolhas voltadas ao bem do próximo. Apesar da crueldade que ainda graça neste mundo de provas e expiações
Povos antigos, como celtas, nos deixaram legado de desenvolvimento espiritual através dos druidas. O povo fenício espalhou para todos os cantos sementes deste aprendizado. Os registros não foram apenas materiais, houve o desenvolvimento espiritual. Dentro da evolução da vida, nascimentos e mortes, no ciclo reencarnatório também seguia os aperfeiçoamentos dos indivíduos na Terra.
Fomos transformados pela força da Espiritualidade quando recebemos os Exilados de Capela. Os espíritos que aqui habitavam de forma primitiva, fomos nos transformando para aprimoramento espiritual evolutivo. Locais místicos como Puma Punku, na Bolívia, sítio arqueológico surpreendentemente fantástico. Viracocha, deus inca, pai das construções no Peru, lenda ou não, lá encontramos locais como Sacsayhuaman, Machu Picchu, ruínas arqueológicas em Cuzco, umbigo do mundo. As pirâmides do Egito. Stonehenge na Grã Bretanha, outros locais europeus e Ásia, não foram escolhidos por acaso.
Sempre fomos adoradores de divindades e procuramos contatos com eles. Seria através de mediunidade? Atribui-se aos 12 apóstolos essa condição, e que a escolha de Jesus foi estabelecida por esses dons.
Por que Moisés falou com Deus? Como escreveu as Tábuas da Lei? Mensagens são enviados aos médiuns. Além disso, ter domínio espiritual pode-se atingir várias formas através de meditação, levitação e até desmembramento. Nada é impossível para indivíduos evoluídos que trafegam por outras dimensões.
Tudo isso nos dá tamanha justificativa de que sem as “revelações”, as três que conhecemos, sendo a primeira atribuída a Moisés, que nos legou os 10 mandamentos, a segunda de Jesus, que nos legou o Evangelho e completando com a terceira, as obras copiladas por Allan Kardec, destacando os livros, Dos Espíritos e dos Médiuns, além de Céu e Inferno, Evangelho segundo o Espiritismo, a Gêneses e Obras Póstumas.
Elas nos fazem obter uma forma melhor para a nossa compreensão de maneira raciocinada e não por crença aceita por tradições orais dadas a nós através de histórias dos nossos antepassados. E isso é muito estranho, pois nos dias hoje ainda tem pessoas que acreditam que a Terra é plana, que ainda não fomos até a Lua. Que vacina não protege. Que Chico Xavier foi um impostor. Que Deus não existe, e por aí vai.
Desde 1853, nos foi dado uma série de fatos e publicações que nos permitem compreender melhor o que devemos fazer na Terra. Somos seres complexos e cheios de energia. Como elementos que existem na Natureza. Seres que nascem, crescem, vivem e depois morrem. Deixamos nossos legados através de assinaturas, cicatrizes, passos, escolhas, comportamento e principalmente atos. Somos todos livres para termos as nossas escolhas, mas invariavelmente responsáveis pelas consequências destas mesmas escolhas. Não devemos nos esquecer da Lei do Retorno, ou se quiserem, lembrem-se das nossas aulas no ensino médio, na matéria de Física, a lei de Newton da Ação e Reação. Mais uma vez aqui a nossa reverência à Educação. O saber muda a maneira de enxergarmos o mundo.
