Agora ao raiar dos ‘60 caminhando acelerado para os ‘70, me deparo com sensações que nunca passei. Embora compreenda mais o sentido da vida em que vivemos, graças ao estudo que fiz da Doutrina Espírita de Allan Kardec, não sou nada perfeito e vivo flertando com o medo.
Já perdi pessoas queridas como pai e irmão, avós e tios, amigos de primeira hora, desfiz dois casamentos, me afastei de gente que me queria bem, pessoas que nada fizeram para que eu me afastasse.
Não entendo, mas foi feita a ação deliberada de afastamento. Custou e ainda custa. Minhas atitudes egoístas acabam me dominando e como bicho do mato em recluso.
Sei que é sempre hora de reconciliação, perdoar e ser perdoado. Amar e ser amado, diz a prece de S. Francisco de Assis.
Nos meus pensamentos e sentimentos, vivo em conflito. Não estou devolvendo o bem que a vida me deu e ainda continua dando. Me pego aflito com as doenças atuais que surgem.
Ameaça provável de ferida maligna. Cuidados para curá-la. |
Questões são postas na mesa como cartas do pôquer aberto. A roleta russa que na minha vida pode ser a roleta jorgiana de um garoto instável do interior que nunca aceitou a disciplina familiar, escolar e corporativa, e resolveu seguir o que o nariz mirava e tocava em frente.
Não me arrependo de tudo que fiz e realizei, talvez faria algumas correções de coisas feitas precipitadamente. Sei da responsabilidade e acato os desígnios da vida, espero poder melhorar e refazer tudo aquilo que fiz de errado. O que passou está anotado e daqui pra frente podemos nos reabilitar e melhorar essa transição cósmica. Porém, hoje fica o gosto agridoce das aventuras de um geminiano inconstante. É vida que segue. Tenho mais medo do que confiança.