sexta-feira, 30 de maio de 2014

Coincidências cíclicas: inferno astral ou busca pelo sucesso?

Ciclos coincidentes.
Se existe um ciclo de coincidências na vida profissional das pessoas, há um ciclo misterioso e cabalístico preponderantemente que norteia a minha carreira. Diria algo como 10X3 e explicarei em seguida. Por essa razão ainda não me aposentei. É o tal dez pula três na somatória dá 30X9. Então não aposentei, onde deveria ser 35 estou com 30, em realidade são 33 anos, o que não chega aos 35 para se aposentar plenamente. Os outros nove (3X3) ficaram no vazio. Na verdade ganhei somente em experiência. Vamos então aos ciclos da minha carreira profissional. 
Primeiro ciclo de 10. Recém formado e contratado precocemente como professor, foram 10 anos entre FIAM/FMU e Metodista com passagens meteóricas na Unip (um ano) e ESPM (não mais de dois meses substituindo um colega).Também proferi alguns cursos livres para os adventistas na Casa Publicadora, editora dos Adventistas do 7o. Dia na cidade de Santo André, SP por um longo período. 
Quando parei após os 10 anos de ensino superior, comecei o primeiro ciclo curto, fazendo anúncios de publicidade, criando logomarcas, jornais de ofertas de shoppings, hotelaria, centro de turismo de Campos de Jordão, atendi uma grande operadora de turismo, montei projetos para feiras e exposições, fizemos três Abav's (Belo Horizonte, Fortaleza e Porto Alegre), criei o Florida Free Emotions para o grupo Dimensão Turismo e Equipe do Professor do saudoso Juares Régis. Anúncios para Holiday Tours, Concorde Turismo, LanChile, Designer, enfim fiz minha primeira imersão ao mundo do turismo nos anos 80. Essas campanhas publicitárias e folheterias, tudo através do meu estúdio de arte, Âmbar Produções associado com algumas gráficas e estúdios fotográficos. Após o Plano Collor, fiquei sem mobilidade e saúde  financeira e voltei para a carteira registrada, a CLT. 
Segundo ciclo de 10, Abras - Associação Brasileira dos Supermercados, foram também longos 10 anos de trabalho, planejamento, produção e edição da maior publicação (dados da época) em número de páginas para uma revista mensal de trade, a SuperHiper. Além disso foram feitas nove feiras, a maior exposição de produtos, a Expo Abras no RioCentro. Viagens de capacitação nos EUA, em Chicago, o FMI. Encontro de Supermercadistas, Ranking do Supermercado, índices varejistas e ações para a modernização dos supermercados brasileiros. Ufa. Mas acabou o segundo ciclo pleno de 10 anos. Veio  milênio. Nova fase de três, que acabou sendo dois. Trabalhos em marketing esportivo, uma sucursal genérica da Traffic, pois o vice-presidente, Ruy Brizolla nos ofereceu o seu filho e trabalhos indiretos. Tipo Copa América, torneios de tênis, auge do Guga, etc... Desisti, não gostei do cheiro que exalava, e depois do escândalo da Nike, CPI em Brasília, caí fora. 
Começa meu terceiro ciclo de 10, que se tornou 13 anos em verdade na Gapnet , 2001. Assunto e atividades mais do que comentadas e conhecidas em meus posts anteriores. Finalmente agora, abril de 2014, encerro outro ciclo que chamo de 3o. Grande Ciclo Pleno. E agora de volta aos ciclos menores. Não desejo que seja curto. Quero que as atividades do Instituto Vital sejam perenes e duradoras, talvez quebrando as tais coincidências da alternância dos ciclos plenos e curtos. Mas as coincidências não param por aí.
Tenho estigmas profundos com alguns meses e eles retornam. Seriam esses tais ciclos que não me deixam? Fui contratado em três oportunidades no mês de abril e sai justamente no mesmo mês de abril em meu derradeiro trabalho. Já sofri de tudo nos meses que antecedem ao meu aniversário. O acidente do ônibus foi dia 31 de maio. Estarei fazendo um cirurgia justamente no próximo dia 31 de maio. Também mudei de carteirinha da assistência média, cujo convênio vencia dia 31 de maio e o outro iniciava em 1o. de junho. Desta vez o processo se repete. As minhas três cirurgias do úmero e do ilíaco, por causa do acidente do ônibus, foram em abril, maio e por último em junho, justamente mês que faço aniversário. Seria o inferno astral? Pra muita gente que paga imposto o ano começa em abril. Mas para mim começa no meio do ano, depois de junho. Vamos lá. Depois da Copa do Mundo. Vamos atrás de novas coincidências. O que importa é que sobrevivi em todos esses ciclos, e garanto que não foi coincidência.




terça-feira, 27 de maio de 2014

Bons tempos do laquê e Gumex.



Bons tempos que voltam sim, graças às redes sociais.
Outro dia desses, meu primo Euclides, que carinhosamente chamamos de Léo (essa estória um dia eu contarei com detalhes), me disse que um grupo de ex-alunos dos tempos de ginásio estavam à procura de ex-alunos que pudessem contribuir com material antigo e histórico dessa época. E me perguntou: 
– Você estudou no GEVE (Ginásio Estadual da Vila Ercília) em quais anos? E ainda se eu me lembrava dos nomes desses colegas de estudo. Confirmei que estudei lá de 64 até 67. E lhe disse que iria procurar o que provavelmente teria guardado. 
Milton Croffi, Jorge Salim e Eduardo Carlos.
Pois bem, fui neste final de semana passado, visitar a minha mãe em Rio Preto e procurei garimpar o baú. Acabei me surpreendendo, pois encontrei mais do que pudesse imaginar. Uma relíquia diria. O jornal que nós editamos em 1967. Foi considerado um suplemento do jornal da cidade que não mais circula, a Folha de Rio Preto. Aliás, pelo fato de trabalhar nessa edição, tive despertada a minha vocação para o jornalismo e anos mais tarde me vi lecionando jornalismo na Universidade Metodista, de S. Bernardo do Campo. Pura ironia, pois me formei em publicidade na Escola Superior de Propaganda, aqui uma correção, primo Léo, era Superior sim, não era de Marketing, que anos depois incorporava o "M" e ficando a conhecida ESPM. Tão logo me formei, acabei indo para a FIAM, que foi incorporada pela FMU, lecionei no curso de Comunicação Social as matérias relativas a produção gráfica e editoriais, o nome era horrível: Técnicas de Codificação Visual, nessa época tive um aluno cego, de nome Flávio que foi aprovado, pasmem! Coisas do antigo MEC. Nada contra a inclusão, que não havia naquele tempo, mas no mínimo estranho. 
Depois fui convidado para lecionar na Metodista e acabei na área de jornalismo, participei da fundação do Jornal Experimental Rudge Ramos. Mas voltando aos tempos colegiais, e em minha procura pelo material em questão, encontrei além da publicação, o Jornal do CEVE, o convite dos formandos de 1967, as cadernetas do aluno, naquela época eram necessárias e obrigatórias, pois registravam a presença diária com carimbo, notas mensais, avisos e advertências, não é preciso dizer que na minha faltaram páginas (risos). 
Encontrei uma foto com dois amigos, quase que inseparáveis, Milton e Eduardo Carlos. 
Meu primo me adicionou no grupo do Facebook e já na primeira postagem coloquei as fotos da primeira página do tal jornal ou suplemento. Em poucos minutos a página foi vista por quase todos e comentários não faltaram. Que coisa o passado provoca! O ser humano é muito carente e as redes sociais permitem essa interatividade em tempo real. Fico contente em poder oferecer esses momentos mágicos aos antigos alunos. 
Nossa turma era muito grande. Muitos nem deram continuidade e mudaram-se de cidade, outros permaneceram em sua maioria em Rio Preto. Muitos acabaram se formando como médicos, engenheiros, músicos, publicitários, donas de casa, empresários locais, dando continuidade no trabalho de seus avós e pais. Outros como eu, partiram para conquistar novos desafios na capital ou até em outros estados e penso que até fora do país. Lembro com saudades do Eduardo Carlos da Silveira Mendes Júnior, nome que não cabia no RG e José Eduardo Nogueira Forni, ambos se formaram médicos e atuam na região. Do Vinicius Nucci Cuccolichio que formou-se dentista, mas acabou se tornando maestro e músico, hoje falecido, Paulo Terzian seguiu a carreira de engenharia, e outros como o Milton Croffi, Dirceu Ferraresi de Carvalho, Antonio Fernando Berto, José Almir, Takeo, Luiz Fernando, José Cesar Saad, José Luiz, Deise Eluci, Benedita Baltazar, Luci Pantaleão, Mafaldinha, Maria Alice, Maria Luiza,  as irmãs Márcia e Sueli Perez, igualmente as irmãs Khadige e Mona, Marlene e Sueli Miguel, as "brimas" árabes, Samir, Maria Elizabeth, Cleópatra, Protásio, Lupércio, Ercília, Magali, Inês, Sônia e por aí vai. 
Nossa turma homenageou como paraninfo em 1967, o melhor professor e exemplo que segui em minha vida, o professor Carlos Foss, da disciplina de Português. Mas lembro com carinho das professoras Hortência, de Matemática, Célia de Artes e Ivete de História. Da querida Lígia (Geografia) que falecera e teve um dos maiores funerais de Rio Preto e do impagável professor Modesto de Inglês, outra figura marcante. E finalmente a minha eterna gratidão à Odete Marassi, que foi quem me norteou para o mundo da Comunicação Social. 
Tempos que não voltam mais, mas que estão perpetuados em minha mente. Levarei sempre comigo essa época tão gostosa, ingênua, porém gratificante, prazerosa e acima de tudo que nos deixou o legado de pessoas do bem. Um forte beijo e abraços mil a todos. 
Saudades do que foi um dia o GEVE, que virou CEVE, que virou Jamil Khauan.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Ama de idosa funciona sim. O amor também cura.

Quem cuida bem, merece o paraíso!
Hoje vou falar da mulher que cuida de minha mãe. Trata-se de Floripes de Souza. A Flor para nós. Tenho algo com essas pessoas que tem o nome cujo prefixo seja "flor". Outro dia dia falei do Floriano, aquele faxineiro da Gapnet que ganhou 5.000 Eurekas na festa de fim de ano. E a Flor, nossa fiel zeladora da rotina diária de minha mãe, Odete, que carinhosamente chamo de vó Dete em meus posts. Ela provavelmente é a nossa querida vovó institucional, já que muitos amigos e seguidores do meu blog comentam. 
Pois então, a Flor já nos presta serviços de há um tempo. Desde quando meu pai e irmão eram vivos, ela já era nossa faxineira, além de lavar e passar as roupas. Depois da morte de meu irmão em 2007, com os meus pais já fragilizados com o baque da perda do filho mais velho, contratei a Flor para ficar de olho em casa, porém sem morar com eles na mesma casa. Um ano após da perda de meu irmão, morre meu querido pai, Hatim. E ai a coisa ficou complicada. O normal seria trazer minha mãe para conviver comigo em Sampa. Mas as raízes falaram mais forte. Quem se dedicou a vida inteira num só lugar, clima quente da cidade, amigos e vizinhos, e até os animais em casa, tínhamos criação de galinhas, frangos e perus no quintal, além de periquitos e pássaro preto nas gaiolas, que faziam a rotina da vó Dete ser mais ativa, pois ela fazia questão de cuidar de tudo e todos. Depois da morte de meu pai, quis contratar uma homecare que permanecesse em casa. Entrevistei duas e a minha mãe não as aceitou. Dizia que não era preciso. Mas o meu período de luto havia acabado e eu deveria voltar ao trabalho em S. Paulo. O que fazer? A solução estava na frente do meu nariz. A Flor! Falei com ela e cedi nosso sobrado, ligado pelo quintal a nossa terceira casa, onde viviam meus pais. Ela aceitou e trouxe consigo sua filha casada, Daniela e mais os netinhos, os tais "cuecas" que eu chamo carinhosamente. O Cauã e o Caic, este ainda com poucos meses de vida. A Flor divorciada muda-se com todos, nascia uma nova família para viver e conviver com a vó Dete. Com o passar do tempo, vem Vitória, neta da Flor, já crescida, fruto do casamento do filho mais velho, porém se separa da esposa e leva a Vitória para morar com as avós maternas. A legítima, Flor e a adotiva, vó Dete. Pronto, de repente surge uma família enorme. Também morava conosco o filho caçula da Flor, que mais tarde casa-se e sai para morar a com esposa em outro bairro. Mais tarde nasce a pequena Duda (Eduarda), a fofura de todos e da vovó Dete.
Neste período, dada a rotina agitada, vi uma evolução em minha mãe. Antes cuidava de meu pai e irmão e fechou-se naquele mundo por mais de 60 anos. Depois sem os dois, parecia que o mundo acabou-se. Que nada, esses moleques em casa deram uma revitalizada na mente da vó. Em minhas visitas mensais, via a minha querida mãe agitada, dizendo: – Menino, não mexa aqui, não mexa ali.... Correm para o quintal. Andam de bike, chutam a bola, correm com os cachorros e gatos, uma verdadeira loucura. Pois é, isso mudou a rotina da querida vovó.
Resultado. Uma melhora sensível em suas atividades e faculdades mentais. 
Pergunto. Tem remédio melhor para uma idosa? Não mexa em quem está quieto! Se for para a idosa, mexa sim, faz um bem. E isso tudo tem uma responsável. É Flor. E a nossa querida Floripes. Que Deus te dê em dobro, tudo que você oferece a nossa vovó Dete. 
Você merece tudo de bom. Um beijão e um grande abraço de gratidão. Estamos juntos e misturados. Até o próximo final de semana, quando me juntarei novamente a essa minha grande e nova família.


terça-feira, 13 de maio de 2014

Qual é o melhor?

Modernidade com automação ou tradicional com direito a sacanagem.
Há um tempo quero escrever sobre essa dicotomia. Tecnologia ou tradição? É claro que as duas vivem juntas. E viverão muito tempo juntas. Quem não leu a "A Terceira Onda" de Alvin Toffler? 
Pois então, conviveremos com essas situações por um bom tempo. Mas hoje, de novo no ônibus, vi uma situação que lembrei de outras que comentarei em seguida. Atualmente temos o bilhete único, cartão eletrônico do vale transporte, passe do idoso, cartão do estudante e outras modalidades facilitadoras.
Sobem no ônibus dois estudantes, um paga em dinheiro, espera o troco e em seguida o outro rapaz paga em moedinhas. Uma a uma, pacientemente o guri vai entregando as moedas e ferozmente o cobrador fica aguardando completar os R$ 3,00. Sei que é chato, mas é absolutamente legal. O cobrador não deveria ficar puto. Se vier outro passageiro monido de dinheiro para pagar e necessitar de troco, devolva as moedas, ora! 
Isso eu chamarei de choque de modernidade versus tradição, ou seria sacanagem? Por falar em sacanagem, vi muitas em pedágios nas estradas. Hoje vivemos o mundo da fantasia com os facilitadores automáticos como o Sem Parar, Conectcar, AutoExpresso e por aí vai, mas ainda tem gente que passa uma nota alta tipo R$ 100,00 para pagar R$ 2,45 na Rodovia Castelo Branco. Mas tem aquele que dá moedinhas. E vai entregando uma por uma, completando às vezes R$ 21,00 na Imigrantes, por exemplo. Coitados dos que vem atrás dele. Ódio puro, reclamação, buzinaço, etc.... E faço aquela famosa pergunta. Tradição ou sacanagem? O que você acha? Não sei o porquê do cobrador nos ônibus. Será por causa do maldito troco? Ou é para quem quiser pagar em moedinhas? Um custo desnecessário. Ora tem micro ônibus que não tem mais cobrador. E quem faz as duas coisas é o pobre motorista. Já pensou pagá-lo com moedinhas? Mais demora, mais estresse nele. Será que isso é bom para um condutor? Levar tanta gente e ainda extremamente emputecido da vida com aquele passageiro sacana. Uma tremenda irresponsabilidade. Mas enfim, é esse o modelo que os dirigentes preferem. Mais barreiras, mais controle, mais demora, mais estresse, e o círculo vicioso não pára. Caos e nervosismo, brigas e discussões. Nada disso é bom para a cidadania. Devemos partir do preceito que todos são honestos e que a própria população vigiará os espertinhos e com o tempo teremos um procedimento moral igual que vi na Alemanha, em Frankfurt, por exemplo. Os usuários pagam pelo trecho e entram e saem do coletivo sem controle nenhum. Apenas um fiscal que às vezes aleatoriamente confere os cidadãos. Soube que brasileiros foram pegos em flagrante devidamente dedurados pela população. Cadeia ou multa e pronto. Se respeita e se cumpre as regras fora do país, porque aqui dentro não? Vamos pensar.


sexta-feira, 9 de maio de 2014

Mãe. Maio é o teu mês.


Quis a generosidade dos deuses que a minha querida mãe, tivesse neste mês de maio tudo que uma mulher desejasse. Nascimento, casamento e a comemoração maior, a homenagem pelo seu dia.
Um dia 
inteiro dedicado a ela e ainda por cima uma data com o dia fixo, no melhor dia da semana, o domingo. A minha querida genitora, a mulher de batalhas e lutas como mãe e esposa, zeladora dos costumes de casa, da dedicação quase 100% a um filho que a fatalidade abateu aos 11 anos de idade e tornou-o uma pessoa debilitada que necessitava dos olhares e atenção maiores da prestimosa mãe.
Ela dividida entre o marido, ativo político na cidade e outro filho, o caçula, por acaso eu.
Não 
teve dúvidas encarou a vida de frente. Formamos uma família feliz e unida. Aos que duvidam, é só ver as fotos, narrativas de outras pessoas, nossos conhecidos e parentes. Ainda hoje, quando estou em visitas mensais que faço até São José do Rio Preto, nos finais de semana, recebo amigos de meu pai, que lá passam para dar um abraço na minha guerreira. Telefonemas nem se fala. E neste mês é quando mais nos visitam, quando mais nos telefonam para parabenizá-la e saber como anda o seu estado de saúde. 
Maio, mês lindo, mês de outono, bem simbólico quando as folhas caem das árvores, sugerindo que a vida vai esvaecendo, que nada. A Dona Odete completará 88 anos, uma verdadeira formiguinha. Não pára. Um pouco esquecida, fruto do peso da idade, mas é uma máquina na agitação. Como uma formiguinha também não dispensa os doces, chocolate a preferência quase que total. Então, e neste maio também celebramos o casamento com o seu eterno maridão, Hatim, meu pai, complementariam 70 anos de casados. E a culminante coroação. Mês da comemoração de todas mães. Minha querida mãe, meu alicerce moral, minha dedicada e brava mulher de três homens. Meu pai, meu irmão e eu. 
Hoje só restamos nós dois. Te admiro e peço a Deus em sua generosidade maior, que permaneça comigo, viva até os 100, nos dê essa dádiva, oh pai celestial, a alegria maior de passar mais meses de maio contigo. Te amo, vó Dete.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Você é conhecido pelo que fez?

O que você fez e ficou marcado?
Perpetuar seu DNA é difícil, mas não é impossível. 
Ao longo destes quase 45 anos de caminhada fui buscar no balanço profissional o que eu fiz e deixei como marca registrada. Muitas coisas. Fico feliz, pois a nossa passagem na vida é resumida na famosa expressão ESCREVA UM LIVRO, TENHA UM FILHO E PLANTE UMA ÁRVORE, não necessariamente nessa ordem, não é? Pois então, tive três filhos, um menino e duas gurias. Plantei uma infinidade de árvores e escrevi (ainda escrevo) em meus blogs. Só me falta editar as crônicas e transformá-las em um livro. Mas tenham calma, ainda irei escrever as minhas memórias. Mas voltando aos feitos profissionais, julgo que algumas coisas ficarão perpetuadas.
- PROFESSOR: Como professor na Metodista no anos 80. Num exame final de semestre ao deixar quase uma classe inteira do curso de Relações Públicas, pedi que os alunos formulassem a pergunta, respondessem e atribuíssem a nota geral. Foi um caos. Ninguém acreditou! Ponto para minha passagem como professor. Sem contar a bizarrice quando derrubei uma parede no terceiro andar do prédio Delta (Comunicação) com os alunos de final de curso. O diretor Otoniel ficou fulo da vida. Na mesma Metodista, o ponto alto da carreira de professor, fui um dos fundadores do Jornal Experimental Rudge Ramos. Na Unip (Objetivo), elaboramos e imprimimos um jornal com uma turma de estudantes de Jornalismo, foi a teoria colocada em prática, o popular mão na massa.
- DESIGNER: tinha um estúdio de arte, Âmbar Produções, criei um mascote para a Copa América da empresa Traffic de marketing esportivo. Foi a virada da nova Copa América nos moldes da Copa do Mundo. Era na Argentina e lá fui eu com a ideia de fazer um personagem místico, Gardelito. Contei com a ajuda de um desenhista, Gilmar Godoy, que foi meu assistente nas aulas de publicidade na Metodista.
- EDITOR: Em minha passagem pela Abras, quando editor da revista SuperHiper, criei e produzi 128 capas de revistas, e em uma delas fizemos a edição especial cuja capa era toda preta e colamos uma etiqueta de preços para denunciar o abuso dos orgãos governamentais que não aceitavam o uso do código de barras. Foram mais de 12 mil etiquetas. Uma a uma, deixamos o pessoal de uma gráfica no Chile onde era impressa a nossa revista, louquinhos, louquinhos...

- MARKETER: Na década do milênio, na Gapnet fizemos boas e definitivas conquistas. Mas nada superou o Programa de Incentivo Eureka Prêmios, com a moeda virtual Eurekas e o fantástico mascote Eurico. Me lembro como se fosse hoje. Houve uma concorrência entre os departamentos de marketing, na época autônomos da Gapnet e MMT. De um lado eu com a Simone, minha assistente e do outro um grupo de meninas, a maioria era do sexo feminino no marketing da MMT, quatro ou cinco, se não me engano. Os membros das duas diretorias ficaram em dúvida com as propostas e agiram salomonicamente, nomes criados por mim e arte feita pelas mocinhas. O meu mascote chamava-se Eurico, era uma imagem de papel moeda com perninhas e olhinhos, mas seu desenho ficou encarnado no corpo de um tal Midas(?) uma espécie de Toy Art, como está concebido atualmente. Ainda hoje esse episódio desperta ciúmes, mas pai é pai. Eu sou o pai biológico. DNA é o exame comprobatório definitivo. 
Fico feliz em publicar minha contribuição profissional. O legado é muito importante. Você passa, mas seu trabalho, como os pintores, cineastas, escritores ou compositores clássicos, que passaram, mas as suas obras permaneceram eternizadas.
Deixo o mundo das artes gráficas e publicidade e com ele alguns trabalhos. Marketing é isso, novas técnicas e novas ideias, no mundo de hoje o ritmo é acelerado.
Parto para deixar um novo legado em outro setor. Mas isso é para ser feito e publicado daqui um tempo. Até lá!

domingo, 4 de maio de 2014

Uma mulher sem igual. Audrey será eterna.

Uma pretensa ode a alguém que sequer soube da minha existência.
Hoje não pretendia escrever. Nos últimos domingos só escrevi porque o José Wilker e o Luciano do Valle morreram. Me senti na obrigação de falar de como tive passagens, mesmo que remotas, com eles. No último feriado falei de outra personagem que havia morrido, Ayrton Senna. Pensei, não vou mais escrever nos feriados e domingos. Ninguém vai ler. Para a minha surpresa, para quem não tem um blog conhecido ou badalado, até que aparecem uns mais chegados que leem e acabam comentando comigo. Dizem que gostam de ler o que escrevo e da maneira que escrevo. Uns preferem se ater aos detalhes que narro, outros da maneira que faço, parece que estão ao meu lado, dizem. É com o se estivem conversando aquele assunto pessoalmente. E hoje, domingo, a essa hora resolvo falar da minha eterna paixão. A atriz Audrey Hepburn. Nascida Audrey Kathleen Ruston. Uma pessoa que jamais encontraremos outra igual ou até parecida. Sou fã incondicional e apaixonado pela sua doçura, pelos seus olhos, pela sua elegância, pela sua feminilidade. Pelo seu tudo. 
E depois acabei me tornando até muito mais fã pelos seus trabalhos como humanista. Uma das atrizes pioneiras em engajamento social. Seguida por Lady Di e Angelina Jolie tempos depois. Só vi uma atriz antes dela, a Brigitte Bardot. No engajamento em defesa dos animais usados como cobaias ou em maus tratos no uso em circos e shows. Pois é, hoje, dia 4 de maio, domingo aparece a nossa ícone no Google. Amigos que me conhecem e sabem da minha paixão, me avisam pelas redes. E lá vou no Facebook comentar. Outros amigos curtem. Fico em casa após o almoço com minha esposa e alguns parentes. Meu time não joga. Lá vou eu pegar um DVD para assistir e me recordo. "Ah, tenho algumas fitas da Audrey, vou ver uma delas." Paro, tem muita gente na sala. Minha cunhada até me diz ao ver todos com o celular nas mãos. Cunhadão, antigamente as pessoas ficavam fazendo tricô, agora é dedo no smart phone. Engraçado, mas é a pura verdade. Volto e fico noutra sala procurando o que fazer. Decido vou escrever! Sobre a minha paixão. Audrey Hepburn. 
O mais próximo que cheguei nela foi no dia de seu funeral. 20 de janeiro de 1993. Estava a passeio na Europa, na Alemanha em Heidelberg. Num hotel bucólico às margens do rio Neckar. Ligo a tv e vejo a notícia de seu funeral. Não entedi nada que o locutor falava, mas foi um dos dias mais tristes, chorei padedéu.
Como morrera? Não estamos preparados para os nossos ídolos morrerem. O caso de Senna foi logo no ano seguinte, maio de 1994. Senti as duas perdas. E até hora venero ambos. No caso da Audrey chego à beira da inconformidade. Como não temos o dom da imortalidade, ficamos com a amarga lembrança. O remédio é se apoiar nos desígnios de Deus e na doutrina espiritual. Os bons vão às vezes mais cedo que desejamos. Uma curiosidade, em meus aniversários e amigos secretos qual é o presente que mais ganho? Bidu, adivinhão!!! Fitas ou alguma coisa que tenha a eterna Audrey Hepburn, que deveria ser Happyburn, na verdade.  




quinta-feira, 1 de maio de 2014

O Ayrton Senna da Silva que eu conheci.


Hoje 1o. de maio de 2014, acordo depois de passar quase a semana inteira acompanhando as reportagens sobre os 20 anos da morte de Ayrton Senna. A última ontem, dia 30 no SBT vi a matéria do Cabrini, que segundo algumas pessoas do círculo íntimo do Ayrton, era o repórter mais próximo dele. Fui dormir e sonhei de novo com aquele herói brasileiro que me fez fazer do horário das nove horas de domingo, o mais importante de minha vida. Tanto que as corridas no lado de cá do continente  americano, como Canadá, EUA, Brasil e Argentina, que era às 14 horas, não fosse tão importante, faltava algo, pois as manhãs vinham acompanhadas de pijama e um café super rápido. Acordo hoje cedo, depois de uma noite mal dormida, minhas pedras nos rins me maltratam, depois de sonhar com o Ayrton, ligo a TV e vejo no SporTV2 a sensacional corrida de Portugal, 21 de Abril de 1985 e vejo o carro número 12 da Lótus preta e dourada, singrando aquela pista molhada de cabo a rabo, o nosso herói vencer o grande prêmio e Ayrton ganha a primeira corrida de sua vida debaixo de um temporal. Não pude deixar de entrar no túnel do tempo e sentir as mesmas emoções. Vi um Galvão Bueno mais comedido, narrando simplesmente a corrida. O Reginaldo Leme meio inseguro nos comentários. Vi nomes de escuderias que não mais fazem parte do nosso dia a dia como, Tyrrel, Alfa Romeo, Ligier, Brabham, Arrows, marcas de produtos como Olivetti, Longines, Elf, Olympus, e por aí vai. Nomes de pilotos como Michele Alboreto da Ferrari, Patrick Tambay, Elio de Angelis, Nigel Mansell, Stefan Bellof, Derek Warwick, Stefan Johansson, Niki Lauda e Alain Prost na época a dupla da McLaren, Andrea de Cesaris, Nelson Piquet na Brabham, Thierry Boutsen, Martin Brundle, Keke Rosberg, Jacques Laffite, René Arnoux e Gerhard Berger no começo de carreira. 
Fiquei sentado no sofá (de pijama) e vibrei da mesma maneira como de há quase 30 anos.
E chorei como há exatos 20 anos. Lembro-me como se fosse hoje. Fiquei apreensivo com as notícias de 
sexta-feira nos treinos quando o Robinho decolou com a sua Jordan, no sábado não acreditei na morte do piloto Ratzenberger, e neste dia fui numa agência de um amigo buscar os vouchers, pois naquele sábado à noite iria viajar pela United para Oceania, Nova Zelândia e Austrália, com um pit stop na costa oeste, Los Angeles na ida e San Francisco na volta. 
Viajei a noite de sábado para domingo, parte do dia e quando cheguei em L. Angeles, a primeira coisa que fiz foi ligar para o Brasil e saber do resultado. Eram 12 horas, horário local e quase cinco da tarde aqui. Minha sogra foi lacônica. – O Senna morreu. Largei o telefone público no aeroporto, minha esposa na época, ao ver a cena, pensou em algo terrível, talvez com alguém da família. Pegou o telefone que eu deixei cair e perguntou para mãe dela, o que havia acontecido, e ela repetiu o que havia dito para mim. Caímos num choro interminável. Recebi pêsames de todas as pessoas que viram o nosso estado emocional. O curioso foi quando cheguei em Sydney, o funcionário da alfândega ao ver o meus documentos, lamentou a perda do Ayrton dizendo: The greatest F1 driver in the world. My condolences. Era isso aí. Ayrton Senna da Silva era nosso ente querido, aliás sempre será. Que seja eterno, Beco.