segunda-feira, 19 de maio de 2014

Ama de idosa funciona sim. O amor também cura.

Quem cuida bem, merece o paraíso!
Hoje vou falar da mulher que cuida de minha mãe. Trata-se de Floripes de Souza. A Flor para nós. Tenho algo com essas pessoas que tem o nome cujo prefixo seja "flor". Outro dia dia falei do Floriano, aquele faxineiro da Gapnet que ganhou 5.000 Eurekas na festa de fim de ano. E a Flor, nossa fiel zeladora da rotina diária de minha mãe, Odete, que carinhosamente chamo de vó Dete em meus posts. Ela provavelmente é a nossa querida vovó institucional, já que muitos amigos e seguidores do meu blog comentam. 
Pois então, a Flor já nos presta serviços de há um tempo. Desde quando meu pai e irmão eram vivos, ela já era nossa faxineira, além de lavar e passar as roupas. Depois da morte de meu irmão em 2007, com os meus pais já fragilizados com o baque da perda do filho mais velho, contratei a Flor para ficar de olho em casa, porém sem morar com eles na mesma casa. Um ano após da perda de meu irmão, morre meu querido pai, Hatim. E ai a coisa ficou complicada. O normal seria trazer minha mãe para conviver comigo em Sampa. Mas as raízes falaram mais forte. Quem se dedicou a vida inteira num só lugar, clima quente da cidade, amigos e vizinhos, e até os animais em casa, tínhamos criação de galinhas, frangos e perus no quintal, além de periquitos e pássaro preto nas gaiolas, que faziam a rotina da vó Dete ser mais ativa, pois ela fazia questão de cuidar de tudo e todos. Depois da morte de meu pai, quis contratar uma homecare que permanecesse em casa. Entrevistei duas e a minha mãe não as aceitou. Dizia que não era preciso. Mas o meu período de luto havia acabado e eu deveria voltar ao trabalho em S. Paulo. O que fazer? A solução estava na frente do meu nariz. A Flor! Falei com ela e cedi nosso sobrado, ligado pelo quintal a nossa terceira casa, onde viviam meus pais. Ela aceitou e trouxe consigo sua filha casada, Daniela e mais os netinhos, os tais "cuecas" que eu chamo carinhosamente. O Cauã e o Caic, este ainda com poucos meses de vida. A Flor divorciada muda-se com todos, nascia uma nova família para viver e conviver com a vó Dete. Com o passar do tempo, vem Vitória, neta da Flor, já crescida, fruto do casamento do filho mais velho, porém se separa da esposa e leva a Vitória para morar com as avós maternas. A legítima, Flor e a adotiva, vó Dete. Pronto, de repente surge uma família enorme. Também morava conosco o filho caçula da Flor, que mais tarde casa-se e sai para morar a com esposa em outro bairro. Mais tarde nasce a pequena Duda (Eduarda), a fofura de todos e da vovó Dete.
Neste período, dada a rotina agitada, vi uma evolução em minha mãe. Antes cuidava de meu pai e irmão e fechou-se naquele mundo por mais de 60 anos. Depois sem os dois, parecia que o mundo acabou-se. Que nada, esses moleques em casa deram uma revitalizada na mente da vó. Em minhas visitas mensais, via a minha querida mãe agitada, dizendo: – Menino, não mexa aqui, não mexa ali.... Correm para o quintal. Andam de bike, chutam a bola, correm com os cachorros e gatos, uma verdadeira loucura. Pois é, isso mudou a rotina da querida vovó.
Resultado. Uma melhora sensível em suas atividades e faculdades mentais. 
Pergunto. Tem remédio melhor para uma idosa? Não mexa em quem está quieto! Se for para a idosa, mexa sim, faz um bem. E isso tudo tem uma responsável. É Flor. E a nossa querida Floripes. Que Deus te dê em dobro, tudo que você oferece a nossa vovó Dete. 
Você merece tudo de bom. Um beijão e um grande abraço de gratidão. Estamos juntos e misturados. Até o próximo final de semana, quando me juntarei novamente a essa minha grande e nova família.


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