terça-feira, 27 de maio de 2014

Bons tempos do laquê e Gumex.



Bons tempos que voltam sim, graças às redes sociais.
Outro dia desses, meu primo Euclides, que carinhosamente chamamos de Léo (essa estória um dia eu contarei com detalhes), me disse que um grupo de ex-alunos dos tempos de ginásio estavam à procura de ex-alunos que pudessem contribuir com material antigo e histórico dessa época. E me perguntou: 
– Você estudou no GEVE (Ginásio Estadual da Vila Ercília) em quais anos? E ainda se eu me lembrava dos nomes desses colegas de estudo. Confirmei que estudei lá de 64 até 67. E lhe disse que iria procurar o que provavelmente teria guardado. 
Milton Croffi, Jorge Salim e Eduardo Carlos.
Pois bem, fui neste final de semana passado, visitar a minha mãe em Rio Preto e procurei garimpar o baú. Acabei me surpreendendo, pois encontrei mais do que pudesse imaginar. Uma relíquia diria. O jornal que nós editamos em 1967. Foi considerado um suplemento do jornal da cidade que não mais circula, a Folha de Rio Preto. Aliás, pelo fato de trabalhar nessa edição, tive despertada a minha vocação para o jornalismo e anos mais tarde me vi lecionando jornalismo na Universidade Metodista, de S. Bernardo do Campo. Pura ironia, pois me formei em publicidade na Escola Superior de Propaganda, aqui uma correção, primo Léo, era Superior sim, não era de Marketing, que anos depois incorporava o "M" e ficando a conhecida ESPM. Tão logo me formei, acabei indo para a FIAM, que foi incorporada pela FMU, lecionei no curso de Comunicação Social as matérias relativas a produção gráfica e editoriais, o nome era horrível: Técnicas de Codificação Visual, nessa época tive um aluno cego, de nome Flávio que foi aprovado, pasmem! Coisas do antigo MEC. Nada contra a inclusão, que não havia naquele tempo, mas no mínimo estranho. 
Depois fui convidado para lecionar na Metodista e acabei na área de jornalismo, participei da fundação do Jornal Experimental Rudge Ramos. Mas voltando aos tempos colegiais, e em minha procura pelo material em questão, encontrei além da publicação, o Jornal do CEVE, o convite dos formandos de 1967, as cadernetas do aluno, naquela época eram necessárias e obrigatórias, pois registravam a presença diária com carimbo, notas mensais, avisos e advertências, não é preciso dizer que na minha faltaram páginas (risos). 
Encontrei uma foto com dois amigos, quase que inseparáveis, Milton e Eduardo Carlos. 
Meu primo me adicionou no grupo do Facebook e já na primeira postagem coloquei as fotos da primeira página do tal jornal ou suplemento. Em poucos minutos a página foi vista por quase todos e comentários não faltaram. Que coisa o passado provoca! O ser humano é muito carente e as redes sociais permitem essa interatividade em tempo real. Fico contente em poder oferecer esses momentos mágicos aos antigos alunos. 
Nossa turma era muito grande. Muitos nem deram continuidade e mudaram-se de cidade, outros permaneceram em sua maioria em Rio Preto. Muitos acabaram se formando como médicos, engenheiros, músicos, publicitários, donas de casa, empresários locais, dando continuidade no trabalho de seus avós e pais. Outros como eu, partiram para conquistar novos desafios na capital ou até em outros estados e penso que até fora do país. Lembro com saudades do Eduardo Carlos da Silveira Mendes Júnior, nome que não cabia no RG e José Eduardo Nogueira Forni, ambos se formaram médicos e atuam na região. Do Vinicius Nucci Cuccolichio que formou-se dentista, mas acabou se tornando maestro e músico, hoje falecido, Paulo Terzian seguiu a carreira de engenharia, e outros como o Milton Croffi, Dirceu Ferraresi de Carvalho, Antonio Fernando Berto, José Almir, Takeo, Luiz Fernando, José Cesar Saad, José Luiz, Deise Eluci, Benedita Baltazar, Luci Pantaleão, Mafaldinha, Maria Alice, Maria Luiza,  as irmãs Márcia e Sueli Perez, igualmente as irmãs Khadige e Mona, Marlene e Sueli Miguel, as "brimas" árabes, Samir, Maria Elizabeth, Cleópatra, Protásio, Lupércio, Ercília, Magali, Inês, Sônia e por aí vai. 
Nossa turma homenageou como paraninfo em 1967, o melhor professor e exemplo que segui em minha vida, o professor Carlos Foss, da disciplina de Português. Mas lembro com carinho das professoras Hortência, de Matemática, Célia de Artes e Ivete de História. Da querida Lígia (Geografia) que falecera e teve um dos maiores funerais de Rio Preto e do impagável professor Modesto de Inglês, outra figura marcante. E finalmente a minha eterna gratidão à Odete Marassi, que foi quem me norteou para o mundo da Comunicação Social. 
Tempos que não voltam mais, mas que estão perpetuados em minha mente. Levarei sempre comigo essa época tão gostosa, ingênua, porém gratificante, prazerosa e acima de tudo que nos deixou o legado de pessoas do bem. Um forte beijo e abraços mil a todos. 
Saudades do que foi um dia o GEVE, que virou CEVE, que virou Jamil Khauan.

4 comentários:

  1. Muito legal! Minha turma começou em 1968, quando vocês haviam se formado. O Jamil Khauan era considerado dos melhores colégios de Rio Preto. Tenho muito orgulho de ter estudado lá. M. Cristina Branco

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  2. Boa noite Jorge , vcs "abandonavam" o J .K, eu chegava la .Muitas lembranças nos deixou essa escola ,quem passou por la tem uma historia pra contar. Foram nossos anos dourados O J.K é mágico , tão mágico que mesmo depois de mais de 4 décadas esta conseguindo juntar de novo os protagonistas desta história . Abraço

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  3. Vamos juntar os "cacos" (risos) e se possível recompor essa defasagem de décadas. Vamos ficar conectados. Abs.

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  4. Eu bem que falei, primo Jorge! E sendo as reservas maiores ainda do que se imaginava teremos ainda muito a aproveitar, além do que já rimos (e até choramos, como no caso do Vi)! A minha turma da FAB (EPCAr 69) fundou a AEPCAR (Associação dos Ex-alunos da EPCAr), cujo lema é "A união perpetua o passado". Podemos fazer com que esta outra reunião produza frutos e carinho para todos! Leo.

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