segunda-feira, 25 de maio de 2015

Aprendendo com os bichos.

Concorrência.
O que é concorrência? Verbo transitivo indireto. Fazer concorrência a, ter a mesma pretensão. Fazer concurso, disputar provas esportivas, competir.
Afluir (ao mesmo ponto). Contribuir para, ser a causa de: tudo concorreu para sua desdita. E por aí vai.
Mas onde eu quero chegar simplesmente? Simples assim, na concorrência do dia-a-dia.
Comentei com um amigo hoje. Que aprendo muito com os meus gatos. Falei que tinha até há um ano atrás, dois gatos que hoje podemos considerar que são adultos e velhos.
Um de nove anos, Safira e outro, Bebelindo com oito anos. Já estavam acomodados, pois comiam e dormiam. Aí, sem programar nada, adotei um filhote num pet vizinho onde eu moro.
 Um novo mascote, Yoda Ivan

Tão feio, um pirralho, vira-lata e indefeso. O pequeno Yoda Ivan, Yoda por ser feio e orelhudo. Ivan, seu xará, o mais terrível na Rússia czarista do começo do século XX.
E aí surgiu a lição da qual falo nessa introdução. A velha e boa concorrência. O sangue novo. O destemido que bravamente foi ganhando espaço dentre os dois mais velhos.
A sobrevivência. O instituto de defesa, o descobrir, o arrojo, o inconsequente em nome do atrevimento. 
Passado mais de um ano, a lição aprendida ou a lição renovada, tirada da primeira linha da segunda parte do nosso hino brasileiro: "Deitado eternamente em berço esplêndido", fez o "Gigante pela própria natureza", aqui simbolizado pelos dois gatos mais velhos a acordarem para a luta e buscarem motivação no outro hino, o da Independência, como "Brava gente brasileira! Longe vá... temor servil".

Mexam-se

Tudo isso para ilustrar a figura da concorrência, e nesse caso dos mais jovens provocarem os mais velhos a se mexerem.

Isso serve de motivo para qualquer coisa que estando parada, inerte e/ou acomodada, se mexa e se busque a renovação ou até a motivação. Ficar parado, vivendo vegetativamente, conformado não nos faz bem.
Empresas, profissionais, pessoas e o mundo corporativo precisa do sangue novo e atrevido para provocar a inquietude aos mais velhos.
Devemos levantar mais cedo e buscar as alternativas para acompanhar os mais céleres. Ou se possível fazer a química da experiência com a agilidade dos mais novos. Se não quiserem atrever, busquem a previsibilidade do saber com um certo arrojo, e porque não, com uma pitada de irreverência. 

Os exemplos estão aí.

O pequeno Yoda provocou isso. O Safira está buscando as brincadeiras de um menino que outrora fora. Tinha se esquecido? Claro que não! Foi pura desistência. Pura acomodação. E hoje são todos mais interativos, mais unidos, se respeitam mais, e acabam sendo solidários. O Bebelindo, obeso está sendo provocado a correr com a ajudinha de "personal trainer" chamado de mestre Yoda. Na hora da papinha todos comem juntos. Respeito depois do atrevimento. Convivência saudável dentre os animais? Por que não dentre os homens? 
Façamos da nossa concorrência uma forma de nos amparar mutuamente. Há tarefas para cada posição na hierarquia corporativa. 
Temos lugar para os experientes e para os novatos. Um complementa ao outro. A concorrência assim é saudável. Viva aquele que respeita a lei, quer dos bichos, quer dos homens.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

O sabor amargo da incerteza.

Por quê um cheiro de quebradeira se espalha no ar? Boataria, o mais inflamável dos combustíveis, mas isso não condiz com a tendência nacional.
Viajemos ao passado e veremos que vez ou outra há ajustes no mercado e um ou outro vira a bola da vez. 

Quebradeira geral?

Uma acomodação normal que acaba se originando em crises de crédito, mas que o maior problema se resume em gestão. Aprendemos com o passado? 
Claro que não. Voltemos, por exemplo aos anos 80, para não voltarmos muito e as novas gerações não imaginarem que voamos de PanAir ou Cruzeiro do Sul.
Divulgação

Quem foi a bola da vez nas crises passadas?

As operadoras Nacional e Dimensão, por exemplo. Lembram-se do caso Sightseeing, todas sediadas na avenida S. Luís. Em seguida foram as agências Louvre, DN e a Concorde? 

Mais tarde vimos a derrocada da Stella Barros (com os ingressos da Copa de 1998), depois Soletur, e as com sotaque dos los hermanos Panexpress e Ati, não necessariamente na mesma sequência. 

O que serviu de exemplo?
 


Tivemos mais quebradeiras por causa de gestões equivocadas, do que pela velha desculpa do câmbio, inadimplência e custos operacionais.
E é comentado sempre no mercado que depois da quebradeira feita, o mercado esquece, mas quem paga a conta é o passageiro que acaba não viajando ou não tendo seus valores reembolsados.

Porque estamos preocupados?

O que nos preocupa é a tendência. Não é o boato. É a dura situação que o país passa que nos torna mais vulneráveis. Excelente momento para os aproveitadores de plantão. As entidades precisam ser demasiadamente fortes e não permitir que o prejudicado seja o passageiro em primeiro lugar, depois ver métodos para socorrer o associado. 
As empresas precisam se adaptarem às vozes do mercado. Que este episódio do momento não seja mais um registro de fracasso e fazer valer o velho bordão do futebol quando dizem: Segue o jogo.