terça-feira, 22 de novembro de 2016

De volta para o futuro.

Hoje acordei disposto a fazer um périplo. Sabia anteriormente o que deveria fazer. 
Não sou de programar o dia, ainda mais agora por não estar trabalhando dentro de horários fixos. Coisas da terceira idade e aposentadoria. Acho até que, por merecimento, estou nesse ritmo. 
Mas voltando à nossa narrativa, após o café da manhã, sempre em companhia de minha esposa e de dois gatos que fazem parte da família. Para quem não sabe, o Safira e o Bebelindo, sentam-se conosco em banquinhos individuais junto à mesa. Depois do banho matinal, arrumo a vestimenta, preparo o material e sigo para o compromisso.

Devo me dirigir ao escritório de uma empresa de aviação que está em tratativas conosco para trabalharmos juntos, em horário pré-estabelecido. 
Diríamos que ainda é uma fase de namoro para estabelecermos uma relação mais estável num futuro bem próximo. Ciente que a negociação seria em torno de pouco mais de uma hora, chego no local às 10:00 horas. Afinamos e em pouco mais de uma hora, ficaria tudo resolvido. Sobra o tempo que eu queria para não perder a viagem rumo ao centro da cidade.

Penso em circular no coração do trade do turismo. Avenida S. Luís, avenida Ipiranga, rua da Consolação, rua Xavier de Toledo, praça D. José Gaspar (da biblioteca) e praça da República, das galerias, dos calçadões, das cafeterias, Magrão e Canelinha e por aí vai. 
É lá que frequento alguns bancos para tomar um café com o gerente, encontrar-me com amigos que ainda restam, já que muitos se deslocaram para outras regiões ou que estão desempregados e ficam perambulando atrás de novas oportunidades, num cruzamento 'vai que...'
Fico pensando com quem irei me encontrar? Pois não se anda 100 metros sem cruzar com algum conhecido. Afinal foram mais de 25 anos que circulei pelo quadrilátero, cerne do turismo. Havia me programado, como disse, fui até o escritório onde tenho uma parceria de trabalho com treinamento e capacitação, alguns bancos e depois, parada para almoçar.

Tudo isso eu não estaria escrevendo se não fosse pelo fato de ter ido almoçar e assistido a uma cena digna do filme "De volta para o Futuro", que uso como título deste post. 
Já que estava pela imediações, sigo para o famoso bar e lanchonete Estadão. Quem resiste a um sanduíche de pernil daqueles? Mas, repito, não estaria escrevendo nada se não visse um cândido casal adentrar ao recinto e me chamarem a atenção pela aparência e educação por parte do senhor.
Como sabem, se come de pé à beira do balcão. É apenas um sanduíche! É o tal conceito americano fast food, assimilado rapidamente pelos brasileiros, principalmente, os paulistas da capital. Pela população que trabalha (ainda) no centro. 
Porém este senhor, bem aparentado, vestindo um blaser escuro (estava meio quente no horário), se dirige ao caixa, deixando a esposa lhe aguardando próxima de uma das portas e pergunta: – Tem mesa e cadeiras livres para se sentar? Pasmem! (Eu fiquei estupefato.) Uma pergunta dessas nesta época? Um cavalheiro querendo se sentar à mesa com a esposa e almoçar à moda antiga?

Fala sério! Que lindo. E o gerente simplesmente disse, apontando com os dedos que ali ao fundo teria lugar para sentar, mas alerta, é banquinho e a comida é servida no balcão.
Hora e local errados para um romantismo dos anos 60. Tempos errados para estes senhores. Vieram de outro mundo, talvez? São Paulo se moldou de forma desumana, cruel, pragmática. Embruteceu. 

E eu, que não sou mais uma criança, após ter visto os dois vestidos daquela forma, viajei incontinenti ao passado, lembrando-me da época que vinha aqui em Sampa com os meus pais, meus avós, e de cenas que havia presenciado ali mesmo, quando era menino. 

Vi os restaurantes Parreirinha, Brahma, Franciscano, Giggeto, La Farina, Le Casserole, Paddock, O Gato que Ri, Galeto's, Cantina Piolim, Rubayat, todos passarem em minha memória naquele 'flash back', que os espíritas atribuem à pessoa que sofre um 'repente', ao desfalecerem, e por causas inexplicáveis, volta naquele sopro de vida.

Pois é, amigos. Fui e retornei, sem acidentes, foi uma cena rica que demorarei para me esquecer. Por mais paradoxal que seja, lindo de morrer. 
Até a próxima, que assim seja, graças a Deus.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

O que ler? Auto-ajuda ou doutrina espírita?


Entre decidir ler um livro de auto-ajuda de um guru famoso e um livro da doutrina espírita, fico com o segundo. 
Além de você se ajudar como no primeiro, você se aproxima mais de Deus e acabará conhecendo Jesus, Kardec, Chico Xavier, Emmanuel, Divaldo Franco, Joana de Angelis, Edgard Armond e muitos outros iluminados.

Neste tempo de chuvinha intermitente, desligue a TV e leia um bom livro. Seu espírito agradecerá eternamente.