terça-feira, 14 de março de 2017

Roubou, matou? Parabéns, você está absolvido.

Faz um tempo que estou mudado em relação aos meus sentimentos após a minha reforma íntima, depois que abracei a Doutrina Espírita kardecista. Fez um bem para a minha compreensão da vida atual, das passadas e crença nas próximas. Tornei-me uma pessoa mais tolerante, mais sensata e via de regra não entro mais em discussões.
Mas isso não me impede de demostrar minha inquietude sobre os momentos atuais. 

A nossa moral está demasiadamente afetada, descendo para os piores níveis, bem rasteiros, quero dizer. Sei que temos direito de fazer qualquer coisa, certa ou errada, porém temos que reconhecer, que seremos responsáveis pelos resultados. Bons ou ruins, receberemos o bônus e/ou pagaremos pelo ônus. São Paulo assim disse aos fiéis da comunidade de Coríntios: “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém” (1 Cor 6,12). Síntese da nossa busca por atitudes morais, éticas e respeito aos valores de uma sociedade sadia e politicamente correta. 
Divulgação
Mas no entanto, insistimos em fazer ao contrário. Em nome dessa pseudo liberdade generalizada e exercida pela maioria da nossa sociedade decadente que insiste em ser libertina, se afastando cada vez mais da moral do ser humano e perante as Leis Divinas.

Uma vez que atualmente toda a nossa classe dominante está permeada de busca aos atalhos, quer da lei, quer na relação familiar, profissional e por não dizer em toda a cadeia das relações humanas. Ver um juiz da alta corte defender o ilícito, transformar o ilegal e imoral, numa coisa normal, tudo isso me deixa descrente de melhorias futuras nos homens que dirigem seus destinos, quer nos lares, empresas, governos, etc.

Confundimos a palavra "absolvido" com o maior sentimento que Jesus nos legou, o da misericórdia. Perdoar, hoje é um verbo conjugado pela sociedade que perdeu seus maiores valores cristãos, e se usa para 'livrar' os maiores lesa pátria que conhecemos (políticos e empresários da Operação Lava Jato), ou criminosos hediondos, que são libertados, como vimos recentemente em relação Suzane Richthofen e o jogador Bruno.

Dizer que "é normal se utilizar do Caixa 2", pregar que isso era utilizado em épocas passadas e insistir na sua manutenção, transformando o ilícito em normal, me dá nojo. Lembro-me de épocas das trevas nos séculos passados, coisas como nazismo, fascismo, perseguições aos cristãos, judeus e negros.

Não evoluímos? Acho que não. Seria normal então dizer que o adultério do marido ou esposa, seja normal? É coisa tão antiga e que se faz corriqueiramente, então podemos continuar a fazer? 
"Marido trai mulher! Está absolvido!", "Pagou com Caixa 2, é normal! Então está absolvido". "Fez a coisa certa, foi justo", está condenado! Ou seja, andou na linha, morreu! O trem passou por cima.