terça-feira, 11 de julho de 2017

Ouça o coração para ser feliz e não a mente para ter razão.

Sempre ouvi falar que trabalhar no que se gosta, torna você feliz. Ou rende mais aquele colaborador que esteja motivado, etc, etc...
Há uns três para quatro anos deixei de trabalhar full time, me aposentei e comecei a 'escolher' o que fazer. Uma consultoria aqui, outra ali, pequeno tempo despendido. 
Com os filhos todos crescidos e encaminhados, com esposa trabalhando, ficou restando um bom tempo extra.

Apesar de ter fundado uma ONG, ainda tenho tempo para fazer outras coisas mais. 
Então a questão foi: fazer algo que você goste. E mais ainda. Que te torne feliz.
Será que haveria de existir algo que não fosse fazer 'mais' do que você sempre fez? 
E não é que existe, amigos! 

Desde a minha reforma íntima em 2003, provocada coincidentemente a partir de um acidente rodoviário com enormes consequências físicas e uma degradação de um relacionamento de quase 20 anos de casamento.
Encontrei-me primeiramente na parte emocional, depois um reatamento interpessoal do passado, vindo a seguir o encerramento profissional de um longo trabalho em marketing com mais de 30 anos. Me vi à frente de uma escolha. Surgem as questões de ordem importantes. Manter o status quo financeiro e social, se desapegando das questões materiais ou trilhar o caminho da melhoria moral?

Uma das coisas que me fazem bem.
Palestras no CE Caminho de Damasco, passando o
aprendizado aos frequentadores e trabalhadores
da casa espírita, situada na Lapa.
Sei bem que Deus nos deu duas asas para voarmos de forma equilibrada com as duas no mesmo horizonte e permanecer no prumo da vida. Nem mais moral, despojado de orgulho e egoísmo, nem mais intelectual apegado aos bens materiais. Uma maior que a outra lhe faria voar torto e não chegar a lugar nenhum.

Em minha decisão, que considero a segunda e maior reforma íntima, opto para ser um servo da Doutrina Espírita. Trabalhar para o próximo. Ajudar a fazer deste mundo, um local de caridade e solidariedade. Lembrar que aquele homem há mais de dois mil anos nos mostrou que deveremos amar ao próximo como a nós mesmos. Fazer obras como o nosso Pai faria. 
E nós temos como fazer, basta ter vontade e decisão para fazer. Não ficar apenas no discurso e executar, por pequeno que seja o gesto, mas botar a mão na massa, sem ser padeiro ou pizzaiolo.

Me debrucei nos livros da doutrina, devoro os conhecimentos tão vastos e apesar de me sentir um eterno aprendiz, sinto sempre me aperfeiçoando e constatando que estou seguindo o que mais gosto de fazer. Percebo que nada é por acaso, este é o verdadeiro caminho a seguir. 
Ouvi o meu coração para ser feliz e não a mente para que tivesse razão.