sábado, 1 de dezembro de 2018

Lembranças de um jovem interiorano que gostava de Publicidade.

A idade do convencimento vocacional.
Se existe uma coisa que adoro, é viajar no tempo. Principalmente nas coisas que me influenciaram na escolha de minha profissão que iria abraçar mais tarde, a publicidade.

Sou interiorano de S. J. do Rio Preto e na minha época de adolescência não existia preferência por outras profissões que não fossem a Medicina e a Engenharia.
Se o guri tivesse ojeriza por sangue faria a escolha por engenharia, caso contrário, escolheria a medicina. Falar em publicidade deixava as pessoas horrorizadas, minha mãe por exemplo. Dizia-me que não permitiria que eu fosse fazer "reclames" em S. Paulo. – Onde já se viu tamanha estupidez. Isso não é profissão. Como direi aos nossos amigos?

Mas segui minha intenção de me tornar um publicitário e optei em fazer o vestibular na Escola Superior de Propaganda e Marketing em S. Paulo, capital. 
Reprodução

Todavia, como dizia, anúncios em jornais e revistas me faziam a cabeça, já que a televisão nos anos 60 eram captadas com muita dificuldade no interior, já que não haviam antenas e dispositivos de repetição como tivemos em décadas futuras, além de ser tudo em preto e branco.

E a rede que podíamos assistir era antiga TV Tupi. As outras, a TV Excelsior e a TV Record não chegavam até aquele oeste, tão, tão distante do estado de São Paulo. Portanto anúncios impressos eram meu o alvo preferencial. Outra paixão era o gosto por viajar. E viagens estão ligadas intimamente com a parte mais charmosa, que é a aviação. 

O turismo rodoviário e marítimo ficava em segundo plano, apesar do rodoviário ser o mais acessível para as pessoas do interior, porque nem aeroporto as suas cidades o tinham. 
Reprodução
São José do Rio tinha um, sim. E já era conhecido por suas dimensões como aeroporto internacional. Em duas ocasiões tive experiências com aeronaves, a primeira em 1956, quando viajei com apenas cinco anos de idade, indo de S. Paulo para Rio Preto voando Real Aerovias, um DC3 e a outra quando o avião presidencial aterrissou por lá com o ex-presidente João Goulart em 1962, tratava-se de um Vickers Viscount, avião turbo-hélice de médio-alcance.

Neste post, então me dirijo aos nossos amigos do trade com essas duas peças da aviação comercial. Além da saudade da época, vejo com saudades duas ex-cias aéreas comerciais que voamos e que transportou tantos passageiros brasileiros pelo país e mundo afora.

Deleitem-se meus amigos, as nossas lembranças nos fazem bem. Até para entender os dias de hoje. Eramos felizes e não sabíamos. Até a próxima.

Nenhum comentário:

Postar um comentário