sexta-feira, 14 de março de 2014

O seu padrinho é presente?

Padrinhos e madrinhas.
Lá estavam. Os @gapnianos. Quase 100 deles. Diretores, gerentes, supervisores das áreas administrativa, financeira, filiais, comercial e TI.
Meu primeiro ano como diretor de marketing, fruto da reformulação que o board desejava,
Vindos de todos os rincões. Representavam os 18 estados da presença GAP no Brasil. 
Por isso naquele ano, no Encontro, todos vestiam azul.
Tema do Encontro "Compromisso e Planejamento". Estávamos inaugurando o espaço para eventos do Resort Villa de Mantova, em A. de Lindóia, cheirinho de casa nova, igual o carro 0 km. Inspirava o alto astral.
Como todos os encontros de capacitação e treinamento, os diretores e alguns gerentes se apresentavam os planos para o futuro, sem antes analisarem os números do ano em curso. Depois da fala dos sócios, seguia-se apresentação do planejamento das áreas de TI, Comercial, Adm./financeiro, RH, Filiais, Produtos e MKT, por fim.
Neste ano tínhamos uma novidade. Um consultor de larga experiência, sr. Bernardo Feldberg fazia sua estreia no grupo. Novos tempos, novas ideias, novos desafios. Programação feita. Três dias de trabalhos. Parte da manhã e tarde, trabalhos e à noite atividades lúdicas, lazer total.  Comemorava-se a integração e se fazia trocas de experiências de cada unidade, afinal era um momento único. Todos juntos no mesmo barco, confinamento total.
Dentro da programação, a minha apresentação seria feita ao final dos trabalhos, uma honra adquirida ao longo dos tempos de casa. Fruto da experiência, trilha na condução do meu trabalho e de outro lado do respeito que se dava aos meus cabelos grisalhos, cujo  respeito era simbolizado pela expressão da qual me denominavam de  "Mestre".
Por força da programação, eu faria duas palestras. A primeira sobre o Marketing no primeiro dia. Lembro-me que ao final, após aplausos incontáveis, pedi humildemente aumento nos proventos. É claro, que a proposta foi rechaçada (risos). A segunda, no último dia, a palestra de fundo, a de cunho motivacional, um tipo de "grand finale" para fechar o Encontro e o Ano, já que depois do encerramento, partiríamos para a Festa de Confraternização em S. Paulo, juntando-se com a todos os colaboradores.
Continuando com a palestra, este era esperada por todos, pois no ano anterior em Bragança Paulista, fiz todos chorarem de emoção com as lembranças das conquistas de cada um de nossos antigos companheiros.
O tema era o sonho realizado por dois obstinados rapazes, que em julho de 1995, ousaram enfrentar as feras do turismo que estavam no trade há muitos anos. Com um diferencial que foi o nosso maior mantra. 100% agente de viagens. Outro ponto foi a escolha do nome. Gap, que significa brecha, atalho, e justamente era o que os "moços" queriam. Abrir o espaço, cujo terreno era dominado pelas velhas lideranças. 
Prossigo, a certa altura da minha apresentação, peço para uma equipe previamente treinada distribuir alguns bottons aos presentes. Trazia impresso o slogan que seria adotado pelo o ano seguinte durante os 365 dias. 
O pessoal prontamente começou a colocar em si próprio. Imediatamente com o microfone em punho, bradei: – Esperem! Ainda não terminei a minha fala. Aguardem a sequência, por favor. 
Stop. Em seguida peço que o vizinho coloque na pessoa que está ao seu lado à esquerda, lado do coração. Começa um pequeno alvoroço. Peço paciência. Ficamos aguardando a finalização daquela tarefa. Recomeço e digo: – Esse colega que te colocou o broche no teu peito, será o teu padrinho que zelará pelo ano inteiro.  Portanto será aquele que manterá acesa a chama desse compromisso que assumimos neste momento. O de fazer da nossa empresa a melhor de todas. Confesso que o resultado teve dois momentos na vida da empresa. Naquele primeiro momento senti uma união fantástica. Se dependesse daquele dia, ninguém nos enfrentaria, pois caso o fizesse, ganharíamos qualquer batalha. E o Day After? 30 dias após, uma grande maioria exibia orgulhosamente o broche. 60/90 dias, poucos o usavam. Meio do ano, uma meia dúzia estampava no peito ou ao lado do crachá. Vale aqui registrar que duas pessoas nunca deixaram de usar, Paulo Bispo e César Faria. Eu por exemplo, usei durante o ano inteiro e ainda guardo-o comigo. Quem foi o meu padrinho? Eu mesmo, pois estava no palco, sem ninguém ao meu lado. Talvez por essa razão, me mantive sempre zelador das minhas ideias e propostas, por coerência e pura ética. Muito embora eu tire uma moral desse ato simbólico. "Quando você não desiste, você não tem como falhar". É isso ai, #companheiros. Nunca desistam, mesmo que o padrinho seja fraco!
(Águas de Lindóia, dezembro de 2010)

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