domingo, 19 de novembro de 2023

20/11 - Dia de Concientes?

Preto é top.

Falarei bem de algo que sofre muito preconceito.

Pois então, é do negro, cor atribuída como negativa, aliás o filme revelado era chamado de negativo. As imagens coloridas eram denominadas de “diapositivos”, também conhecidas como slides. Não me colocarei no quesito ‘preconceito’ racial. Vou ficar apenas no conceito do pretinho básico.

 

Começando na moda.


A atriz, Audrey Hepburn, consagrou o ‘Preto’ básico, vestido do famoso costureiro, Givenchy no filme cult, ‘Bonequinha de luxo’. E como não se lembrar de Rita Hayworth, como Gilda? Seu vestido preto estava exuberante.

Hoje não tem um evento sequer que as mulheres dispensem o ‘Preto’. Os homens para variar, não contestam e seguem na mesma linha. O James Bond, um espião, que tudo faria para ficar secreto, exibe o smoking, ninguém o deixa de repara-lo. E por aí vai. Analisemos o uso de Preto nos carros oficiais, farda de policiais, ministros de tribunais, a toga é toda negra!

 

Sedução.


As mulheres querendo surpreender os homens vestem lingerie preta, não é? 

Vocês já ouviram alguém dizer: Dia de Gala? Não! É Noite de Gala, sim. A noite é a escolha para fazermos as grandes homenagens. A escuridão dá o charme necessário para o clima ficar envolvente.

 

Charme do cinema.


Você que tem aquela idade que está no grupo de risco da pandemia e preso na quarentena, deve ter lembrança da música da cantora Rita Lee, que falava no “escurinho do cinema”, pois é, não conseguimos assistir a um filme ou apresentação, se não for, com as luzes apagadas. Namoros são mais sensuais na penumbra. A coragem é estimulada no escuro, a vergonha é amiga da claridade.

 

Na 7ª arte.


No cinema os grandes personagens se caracterizam de preto. Quem não vibrou com o Zorro? Temos mais, o Pantera Negra, Mulher-Gato, Batman, Darth Vader, Wolverine e uns X-Men, Família Adams e uma infinidade de personagens que se vestem de preto ou escuro. É claro que muitos vilões também são associados a cor negra, mas isso faz parte.

 

Na arte, na música e na literatura.


Temos os destaques inesquecíveis de uso das terminologias referentes ao adjetivo ‘preto, negro, vulto...’

Tchaikovsky com o Lago dos Cisnes, a obra prima O Cisne Negro. Uma dramática história apresentada em forma de balé. Fantástico. E a historinha do Patinho Feio? Lição para evitarmos bullying, pois devemos ensinar as crianças desde pequenas, que não devemos julgar ninguém pelas aparências. Na natureza, os animais de cor preta pagam pelo preconceito. O pássaro-preto, o corvo, ave estigmatizada nos contos de fadas, o anu preto é mais um pássaro na lista depreciativa. O gato preto, associado a sexta-feira, dia 13, noite amaldiçoada, que traz azar. E o chupim, ave que ninguém gosta, a ponto de associarem negativamente às pessoas vagabundas que não trabalham e vivem acomodados à custa de alguém. Enfim, não acabam as comparações maldosas, apenas por serem da monocromia preta. Sinônimos de negro usados para amenizar o peso negativo da palavra. Piche, carvão, alemão, buiu, etc.

 

O céu não é azul?


Você só vê a lua e as estrelas, porque a noite é escura. E o mundo tudo fica inserido nos cosmos e que as dúvidas se o Universo é infinito, morrem com o Buraco Negro. 

E agora um tributo final à escuridão da noite. Em todas as homenagens prestadas aos heróis do atendimento aos acometidos pela pandemia da Covid-19, os médicos, aos enfermeiros, aos assistentes médicos e enfermaria, destaco a cidade do Rio de Janeiro, que iluminou o Cristo Redentor com a vestimenta do profissional da medicina. Isso jamais seria notado, se não fosse a noite, a nossa destacada negra realidade da qual nos inspiramos esta crônica. Pois até as trevas nos fazem procurar a Deus, com as nossas orações. 

 

Reconhecimento.


Por fim neste derradeiro texto sobre a minha redenção ao preto, lembro a todos, principalmente de quem escreve, que os destaques que fazemos nas escritas, são grifados em negrito. Afinal a Elis Regina estava correta em cantar: Black is beautiful. 

Tenho dito.


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