sábado, 23 de dezembro de 2023

Qual é o tamanho do seu Natal?

Como você comemora o Natal? Você é daqueles(as) que compram a maior árvore natural ou artificial? Enfeita com aqueles penduricalhos enormes e coloridos “made Ching ling”, e circula tudo com as lampadinhas que duram uma só montagem, porque enrolam tudo e acaba ficando mais barato comprar um outro. Ou você busca menos ostentação e prefere a simplicidade?


É neste período que eu considero que acontece o maior paradoxo do ano. Senão vejamos. Prega-se a generosidade, caridade e amor ao próximo, mas vemos justamente ao contrário. As exceções são fazer o que se prega. 


O que o espírito de Natal nos demonstra que está cada vez mais diminuto no seio das famílias, nas empresas, nos cultos das igrejas e templos religiosos. Na rua não assistimos mais aquela alegria de outros tempos. Até o comércio está desanimado. As decorações quase sempre são as antigas repetidas e/ou reaproveitadas. Vimos poucos funcionários com o brilho nos olhos. Parece que colocar os chapéus de Noel, os torna bruxos tristonhos.


Mas qual é o tamanho do teu Natal? Compras de presentes caros, ou lembrancinhas do 1,99? Mesa da ceia com frutas e frutos importados, champagne francesa, bacalhau do Porto, peru com termostato e pernil do Mercadão? Ou tudo ao contrário. Sidra Cereser, mortadela, salpicão, lentilha, panetone e rabanadas.


Você ainda tem avós, país e parentes antigos, ainda vivos? A mesa fica farta e cheia de idosos, adultos e crianças ao seu redor? Sentam-se em volta da árvore, aquela que perguntei no princípio se era natural ou artificial? Você chora pela ausência de entes queridos que se partiram? Ou pouco se importa e sai com os mais joviais e se juntam numa roda de bebidas sociais e faz o tal “amigo oculto”?


Aqui não questiono as escolhas de ninguém. Cada qual faz o que deseja. Temos o livre arbítrio, não temos? O tamanho da sua escolha vai te abrir as portas do teu futuro. Estreita ou larga. Lucas 13:24-25 “É estreita a porta do céu. Esforcem-se por entrar, porque muitos tentarão fazê-lo. Mas quando o dono da casa tiver trancado a porta, será já tarde. Se ficarem do lado de fora, ainda que batendo e suplicando: ‘Senhor, abre-nos a porta!’, ele contudo responderá: ‘Não vos conheço nem sei de onde vêm!’ 

Ou de Mateus 7: 13-14. “Só pela porta estreita se pode entrar no céu. A via para o inferno é larga e a sua porta é suficientemente ampla para as multidões que escolherem esse caminho fácil. Mas a porta da vida é pequena, o seu caminho é estreito e poucos o encontram”.


Ah, mas não me venha com o Evangelho, decidir ou ameaçar os que não agem conforme a religião determina. Deixai todos decidirem o que querem fazer. Ponto. Mas ainda pergunto. Qual é o tamanho do seu Natal? Como anda o teu astral neste período? Acha o período chato? Não se adapta ao ‘monta/desmonta’ das peças natalinas? Não usa o 13o. para alegrar aos outros, mas usa para proveito próprio? Enfim não monta presépio, árvore de Natal, não entra nos grupos de Amigo Secreto e é avesso as festas corporativas de final de ano. Portanto o seu Natal é do tamanho da sua escolha. Pequeno. 


Não significa que fazer deste período um engajamento total, montar presépio, árvore de Natal, participar do amigo secreto da firma ou família, montar uma farta ceia, comprar presentes etc. Será que tudo isso fará o seu Natal ser grande? Claro que nem o que prefere escolher ser pequeno ou que opta para que seja grande estão certos ou errados, cada qual na sua preferência. 


O que nos faz ter a grandeza da escolha é ter Deus, no Pai Supremo, causa primária de tudo e inteligência maior do Universo, como nosso guia. O Natal apenas nos dá motivos para nos lembramos do seu filho unigênito, ter nascido num estábulo para nos mostrar que a humildade ainda é a trilha para os seus seguidores. Ter uma árvore grande ou pequena não altera a sua conduta. Fazer uso de árvores naturais ou artificiais é uma conveniência. Assim como comer caviar ou uma fatia de mortadela tenha ver com o tamanho da suas possibilidades financeiras e/ou classe social onde vive. A champagne francesa sacia o paladar como a Sidra Cereser. As pessoas festejam conforme podem. Jesus fica alegre com aqueles que seguem Suas palavras como no Salmo 32, o verso 11 diz assim: “Alegrai-vos no Senhor, e regozijai-vos, vós justos; e exultai, todos vós que sois retos de coração”.




Finalizando, mostro como será o meu Natal.

Escolhido por mim e minha esposa. Perdemos os nossos pais, eu perdi meu único irmão e ela uma irmã e dois cunhados. As nossas famílias ainda permanecem em luto. As crianças ficaram crescidas, viraram adultos com outras responsabilidades e compromissos. O que temos para o momento. Dois gatos. Um casal com as mesmas escolhas. Mesa pequena, porém com coisas tradicionais. Frutas da época, algumas castanhas, figos e damascos secos. Pernil, farofa, salada de batatas. Taças para bebidas, porém sem álcool por imposição médica. Champagne, só se for o antigo guaraná Antárctica. Mas uma coisa, com certeza terá. Um brinde a Jesus. A Deus toda honra e toda glória. Viva a fé. Essa é de um tamanho ENORME. Sempre será, amém.

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