sábado, 1 de maio de 2021

Propaganda boca-a-boca. Mito ou verdade?

 Propaganda boca-a-boca. Mito ou verdade?

Desde a minha adolescência em Rio Preto com cerca de 15 anos, quando em uma conversa com uma professora, da. Ana no 1o ano do colegial, defini que seria um publicitário, ouvia muito uma lenda, que dizia que a melhor propaganda, é a que era feita de boca-a-boca. Será?


1971 - Vim para São Paulo, depois de ‘perder um ano’ tentando estudar Engenharia em S. Carlos, SP. Acabei fazendo um curso preparatório de propaganda, na FAAP. Só depois cursei a ESPM. Nos dois ouvia a mesma história: a propaganda boca-a-boca é a melhor. A mais eficiente. Será?


Depois de anos, formado, atuando e mais tarde como professor, a lenda sempre me perseguia. A propaganda boca-a-boca é uma das melhores. Nunca admiti esse conceito nas aulas ministradas. Só que, nestes longos 40 anos, ensinando e aprendendo, não vi uma campanha de produtos se valer do sistema boca-a-boca. Tudo é pesquisado, planejado, desenvolvido, divulgado, estudado, corrigido, relançado e seguido de novos trabalhos, tudo bem acertado entre os comunicadores e os veículos, e nada de boca-a-boca. Mas a fama não acabou. Será?


Hoje com o mundo das plataformas e redes sociais, cada post vai nos surpreendendo e as opiniões pessoais, fake ou não, vão fazendo seus efeitos colaterais. As mesmas agências que faziam aquele planejamento, mercado-teste, lançamentos em mercados menores, pesquisas, etc... Agora possuem departamentos ou setores exclusivamente para atenderem às demandas das relações sociais. Será que esse efeito seria o nosso, velho e bom, efeito boca-a-boca? Ou melhor, dedo-a-dedo! Será?


Hoje, neste mundo digital quem manda são, o influencer ou blogueiro, os fenômenos do mundo da comunicação e consumo. Influenciadores digitais (ou digital influencers) são pessoas que se destacam por meio de um ou mais canal na internet. Entre eles, estão as redes sociais e os blogs. Por meio de sua posição de prestígio, afetam o comportamento e as decisões de compra de seus seguidores.


De repente me vejo olhando para trás. Lembrando dos conselhos da professora, da. Ana. Olha bem, Salim, siga os teus instintos e a vocação, não ouça o que os pais exigem, não faça Medicina ou Engenharia, se isso não for o que você escolheu. Pois então, segui minha vocação. Estudei e me tornei um publicitário. Estudei e compreendi que tudo deve seguir ao planejado. Lembro de uma frase que li num desses livros da Teoria da Comunicação. Lá dizia, “...gastar dinheiro é coisa séria. Respeite o seu cliente”. 


Então, o que vemos hoje?  Estude, escolha uma boa faculdade e se forme? Ou seja um influencer. Ouça o clamor da sua vontade, escolha o nicho e parta para a web. Acho que o boca-a-boca hoje é uma realidade. Mito? Só se você, ignorar os likes das redes sociais. 

Bora comprar um ‘ringlight’, um bom smartphone, contratar um especialista e ouvir aquela frase: Câmera, gravando! E bota a cara na web, saia correndo atrás do inesperado sucesso. Hoje ouço, que se deve atingir ao maior número de seguidores e receber as quantias, fruto do volume desses mesmos seguidores. Será?

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