quarta-feira, 12 de maio de 2021

Ubatuba não merece esse desprezo.

 Sem vacina, sem dinheiro, sem rumo, aonde vamos?

Hoje, após ter completado o período recomendado pela vacinação das duas doses, e seguir as recomendações de isolamento, máscaras e limpar as mãos com lavação com sabonete e álcool em gel, pois sou grupo de risco, beirando os 70 anos. Resolvi sair do casulo após 10 meses. 


Desço a Serra do Mar numas estradas mais sinuosas de S. Paulo, rodovia Oswaldo Cruz. Três horas da capital. Na entrada já vejo a população caiçara andando de bikes e pasmem. Todos sem a máscara. Ligo o alerta. Seria por isso que a pandemia não diminui. A teimosa da população?


Já instalado nos aposentos da casa de um parente que mora na região denominada Itaguá, próximo do projeto Tamar. Local onde existem várias pousadas, colônia de férias de sindicatos, restaurantes, lanchonetes, barracas nas calçadas de frente ao mar, pontos de saídas turísticas de barcos, botes e canoas. Tudo fechado! Nada de nada.


Ninguém nas praias, ninguém nos passeios, lojas, bares, botecos, hotéis, todos desertos. Alguns com os serviçais limpando os vidros da fachada destes estabelecimentos. Poucos turistas ou locais andando pelas calçadas. Carros com placa de fora, poucos. Já os que se utilizam de bikes, cortam as vias e corredores exclusivos. Porém o resto, tudo fechado.


Pergunto para mim próprio. O que será destes proprietários de pousadas, bares, restaurantes, lojistas, shopping, das barracas, do artesanato local? Onde iremos com essa situação de paralisia do comércio normal e informal? Quem emprega não tem condições de manter os seus empregados com o estabelecimento trancado. Tirei algumas fotos. Hoje com a permissão do Plano S. Paulo, com certas regras mais liberadas do Fase Vermelha, não vi nenhum lugar aberto.


Vi um estabelecimento aberto. Uma loja de material esportivo, roupas para a prática marítima, brinquedos aquáticos, maiôs, biquínis, sandálias, moda íntima, toalhas de banho, guarda-sol, bóias, etc. Entrei e falei para o primeiro funcionário que veio me receber. - Cadê os fogos? Não seria o caso de comemorar ao ver dois turistas ao ingressarem lá?

Apesar de irônico, percebi um ar de contentamento por parte de outros funcionários. Ficamos por uns 10 minutos conversando com eles. Mas, certamente é um momento de calamidade.


Para onde iremos? Sem rumo. Tudo por causa de um desgoverno federal e estadual, como também estendido até em falhas de governos municipais. 

Sem vacina. Sem dinheiro. Onde iremos parar? Aqui em Ubatuba sinto nestes dias uma verdadeira tristeza. Local que já foi considerada umas praias mais badaladas do estado. Um IPTU dos mais altos do país. Empreendimentos imobiliários bem pujante. E agora? Enquanto esse momento, deixa tudo desértico e sem movimento, contrapomos a locais periféricos que adotam os pancadões e onde corre solto bebidas, drogas e ilicitudes mil.


Repito, cadê as ações das autoridades para evitarem essa quebradeira do comercial legal, pessoas de bem que movimentam o comércio, pagam impostos, geram a economia local?

Secretarias ou Ministério do Turismo, Comércio e  Infra Estrutura, é hora de arregaçar as mangas e fazer algo para esse momento. Deixem a política de antagonismo e picuinhas de quem só pensa em 2022. O momento pede socorro. Salvem os nossos locais. Por favor. A cidade e as pessoas não merecem esse desprezo oficial.


Escrito por Jorge Salim, publicitário, aposentado, 70 anos, blogueiro do nosso cotidiano, entusiasta do 3o setor, decepcionado com a atual situação do Brasil.

Fotos próprias. Dia 11/05/21 15:00 h.

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