segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Em busca da origem.

Todos que me conhecem sabem bem do meu engajamento na Doutrina Espírita de Allan Kardec. Então porque estou buscando saber mais sobre os meus antepassados? Isso demonstra uma linha basicamente materialista, portanto, contrária ao caminho que escolhi da espiritualidade. Pois bem, é pura curiosidade de minha parte.

Apesar de ser uma coisa puramente aleatória, buscar as nossas origens é demasiado complicado. Temos atualmente famílias que gastam uma fábula para obter os documentos de antepassados por conta de conseguirem o direito de passaporte europeu.
Tudo isso para poder viajar e entrar na Europa sem complicações na hora da imigração. Conhecidos meus de descendência portuguesa, espanhola, italiana, francesa e até minhas filhas, Nadine e Micaela, com a cidadania germânica, procuram obter a facilidade desses documentos estrangeiros.

                                  Meu objetivo é buscar as minhas origens.

Como sabem, o Brasil é a pátria de todos os povos. Eu, por exemplo, sou uma mistureba danada. Sou descendente de árabe (sírio e libanês), português, índio (nativo brasileiro) e espanhol. Como árabe tenho o sírio (Abdo) e libanês (Salim), português (Teixeira) e espanhol (Martins), além do índio brasileiro (só sei pela arcada dentária). 
Documento de entrada de meu avô. (Arq. Família)

A parte árabe conheço por causa de documentos de meus avós, ainda os tenho, bem preservados, pois meu falecido pai os guardou muito bem. Até cartas de primos que não conheço, cujos parentes imigrantes se separam no porto de acesso ao Brasil, parece-me no Rio de Janeiro na década de 1910, início do século XX, tendo o meu avó seguido para região de Minas Gerais, Araxá e Uberaba, onde nasceu meu tio, Jorge. Depois seguiu para o interior de S. Paulo, São Carlos e Barretos, para mais tarde se estabelecer em S. José do Rio Preto, montando um comércio de calçados.
Meu segundo tio, Elias e meu pai, Hatim, nasceram nas cidades citadas desta caminhada.


Do lado de minha mãe querida, viva ainda hoje com os seus 92 anos, temos a mistura européia da península. Portugal e Espanha. Teixeira com Martins. Neste caso, ao contrário do meu lado paterno, os documentos são raros. A garimpagem de minha parte ainda não foi positiva, tornando meu trabalho muito próximo do fracasso, infelizmente.

Sei de uma prima em segundo grau que possui alguns documentos, mas ainda não os tive em mãos, faltando um tempo para as nossas agendas se coincidirem. Mas como o meu intuito é puramente sentimental, creio que ainda obteremos êxito em descobrir a história do meu lado materno.

Até brinco às vezes, que preferia que fossem todos os nomes trocados pelo Oliveira. Explico melhor. Como estudo muito para as minhas palestras espíritas e como gosto de mostrar a etimologia das palavras, andei pesquisando sobre as oliveiras, árvores milenares e que dão origem ao fruto mais verdadeiro para a nossa saúde.
Árvore do pensamento, uma antiga oliveira em Apúlia, Itália.

As oliveiras dão nome ao local onde Jesus foi traído por Judas. O Monte das Oliveiras. Estas mesmas oliveiras, dão o fruto, a azeitona, que por seu lado, produzem o azeite, o néctar da vida. As oliveiras são árvores que produzem o fruto, mesmo sendo centenárias, não existe coisa mais linda e digna de nossa admiração.

Portanto, amigos, a minha admiração pelo nome, 'oliveira' torna-se a razão de ter dito, que um dos sobrenomes mais dignos, ser um Oliveira. Há também a linha histórica dos novos cristãos, os judeus que sofreram a perseguição na Idade Média, que por necessidade de sobrevivência, adotaram o sobrenome Oliveira e outros mais. Um ponto marcante na História do Mundo no tocante a construção da humanidade. 


Mas voltando à minha árvore, não a oliveira, mas a genealógica.  Devemos continuar a seguir a busca pela nossa origem euro-árabe, que talvez lá na época dos mouros, deva ter sido construída com sangue muçulmano e dai estarmos definitivamente enraizados na Terra Santa, onde justamente as oliveiras tenham sido desenvolvidas para depois serem levadas à terra fértil espanhola.

Para comemorar, que tal uma salada mediterrânea regada com azeite de oliveira extra-virgem vindo da Andaluzia, também conhecida como a região do ouro líquido?

Em tempo: Que o meu cunhado não leia este post. Ele é Oliveira.
Em tempo 2https://www.publico.pt/2017/02/25/local/noticia/oliveira-mais-antiga-de-portugal-nasceu-ha-3350-anos-1762952?fbclid=IwAR0BoQkvp4uS_ksBpKivbQCLbh1CwgDHEUD3qyjwRdZr9_ihirJrpH6JLpE

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