terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Primeiro mundo X Emergente, mas pode chamar de terceiro mundo, sim.

Turismo visto por dois modelos de visão. A do turista e a realidade.
Nem bem refeito da recente viagem que fiz no mês passado pelo extremo sul da Flórida. 
O day after é duro para qualquer um. Passei 10 dias entre Miami, Orlando, W. Palm Beach e Key West. Rodei um pouco mais de 2.300 quilômetros. 

Vi coisas como um turista em viagem de férias. Foi mais uma vez aquele choque.
Fiz coisas como uma pessoa normal, porém com realidades diferentes das que temos aqui no Brasil e mais precisamente onde moro. Lá abasteci eu mesmo o combustível. Não existe como aqui a figura do frentista, que tudo faz. 
Vi o painel do veículo alertando que o fluído do limpa pára-brisas estava baixo e sugeria completá-lo. Não havia o frentista que fizesse aquilo para mim. Deveria comprá-lo e eu mesmo faria o processo de completá-lo. 
Abastecer em cash é diferente do cartão, em dinheiro paga-se antes e diretamente no caixa dentro da loja de conveniência. Via de regra, pagava-se um valor, e depois de ligar a bomba, caso completasse antes do valor total pago, invariavelmente retornava ao caixa para receber o troco. 

Isso narrado agora não é novidade nenhuma, em se tratando de Estados Unidos, o que me causa estranheza é a realidade muito distante daqui. Quando é que faremos esse processo por aqui? Não devemos nos esquecer, por exemplo, de que ainda temos cobradores nos ônibus, embora tenhamos a passagem automática pelos cartões de Vale Transporte, Passe do Estudante e do Idoso.
Lá temos tudo automatizado, muito em breve todas as praças de pedágios já deixarão de existir, quem não tiver o "tag" do Sempre Parar deles, é fotografado e paga-se mais caro no cartão de crédito, deixado como garantia. Provavelmente o motorista local deve pagar em boleto em casa, mas creio que todos os veículos possuem o tag inteligente, isso no mínimo. No trajeto que fiz de Miami até Orlando e depois voltando para Key West, não vi uma praça de pedágio.


Pedágios que recebem o pagamento nas cabines são um atraso. Demoram e atrapalham o tempo e os outros motoristas na viagem. Aqui há praças que a fila dos que pagam em dinheiro, atrapalham as vias laterais onde ficam as cabines para tags do Sem Parar.

Lá não se ouve buzina quando o trânsito pára. Há respeito na passagem do pedestre. 
Aqui é preciso falar? Lá o Uber é permitido, o Whatsapp não sai do ar. Os grandes malls, os tais shopping centers possuem estacionamentos amplos e não cobram pelo espaço.
Lá também não se encontra a Dengue, Zika, Chikungunya, o Aedes, Petrolão, corrupção inflação, ex-presidente mais honesto do mundo, etc...

Lá o valor das coisas não sofrem remarcação e o que se paga, imediatamente vê-se o valor que é recolhido para efeito de imposto. Ah, que saudades daquela vida de turista lá nos EUA. 

Em tempo: alguns voos, incluindo o nosso, saíram com muito atraso, não houve preferência para os mais idosos (alegaram que isso é só no Brasil), a remessa de 25% de I.R. também irá ferrar com o turista daqui pra frente. Como sair dessa?

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