sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Tire a bunda do sofá

Outro dia, creio que na noite da virada de ano, estava eu em casa de minha mãe, a vó Dete, em S.J. do Rio Preto, e ao ver a programação de TV, reclamei para minha esposa que estava cheio de ver a mesma coisa.

Vira ano, vem ano, passa ano, tudo é a mesma coisa. Show da Virada, Ivete Sangalo, Luan Santana, show do Roberto Carlos, as mesmas músicas de há 45 anos, porém em arranjos diferentes e pasteurizados, mas ao final como sempre, ele encerra o programa entregando as flores aos fãs, dizem que dá bastante audiência. Reparem que ele nem mais beijas as flores, são gestos automáticos de levar próximo à boca e depois as joga pros ensandecidos fãs, geralmente globais que se sentam nas primeiras filas. E ai seguem as "atrações" iguais há anos.

Reclamava eu, como dizia no início, e lá pela décima crítica, minha esposa me disse: 
– Desliga a televisão. Quer festejar, saia de casa e junte-se aos milhares que vão na represa (no caso, local onde tem a queima de fogos da minha cidade) e curta as reações das pessoas. Dance, pule, agite-se nas ruas. Faça igual as milhares de pessoas que optam por sensações diferentes, das quais eu reclamo e me incluo em procurar. 
Divulgação
Sou desejoso de novidades, de coisas que nos surpreendam. 

Passado o clima de final de ano e hoje vi um cartum onde mostrava duas pessoas assistindo a TV com alusão à pessoas com vaso sanitário no lugar das cabeças. Bingo, adorei. E vejam agora, vem ai mais uma atração da Globo. O Big Brother (quero vomitar), versão 16, urghhhh. 

E ai me lembrei da dica da minha mulher que dizia ao final de ano pra que eu desligasse a TV e saísse para fazer alguma coisa. E eu emendo, podemos ler um livro, estudar ou pesquisar algo interessante na web, curtir um bom papo e por aí vai. Devemos tirar esse nefasto hábito de sentar a bunda no sofá e ligar a televisão. 

Xô redes de televisão Globo, SBT, Record, Band, novelas, programas musicais sem inovações, séries antigas baratas que só servem pra preencher a programação. Desculpem-me os amigos que idolatram a turma do ChavesDesculpem-me os fãs da carnificina do Marcelo Resende e José Luiz Datena, os maiores salários da nossa televisão, parem de assistir as programações ao bom estilo do antigo jornal Notícias Populares ou o sanguinolento "Aqui e Agora" dos anos 80. O que vocês adquirem de informação útil? A vossa cultura melhora?

A Globo através do canal Viva, vive (?) ressuscitando antigos programas humorísticos como a Escolinha do professor Raimundo, Sai de baixo, Toma lá dá cá, as antigas novelas das oito de décadas passadas, e mais um calhamaço de nostalgia.
É hora de termos uma programação que possamos chamar de Vem aí o futuro, onde coisas inovadoras fossem produzidas. Será que é mais barato copiar (remake), repetir ou reprisar? 
Acho que pelo andar da carruagem do sucesso do Netflix, a resposta é sim.

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