sábado, 6 de maio de 2023

O mundo é ‘doss essssspertos’, mas que mundo esse?

Tenho abordado muitas situações do meu cotidiano nestas minhas publicações. Muitas das quais observo através das minhas viagens nos meios de transportes. 

Faço uso de ônibus por comodidade. Tem um ponto defronte minha moradia e o ponto final é bem no centro de Sampa. Tenho carro, mas não uso. Perdi a paciência. Minha esposa diz que me transformo na frente do volante. Vira e mexe discutimos. Quase sempre sou repreendido. 


Nos ônibus vou perto do motorista e observando bem na frente. Falo o tempo todo. Fico apontado os carros atrapalhando, usando faixa exclusiva. Em outros casos, pegar ou descarregar passageiros e pára no leito carregável. Outros veículos avançam nos cruzamentos, sempre dificultando o fluxo. Cheguei a dizer ao motorista que eles são heróis. Haja paciência. É uma atividade desgastante, tanto emocional como psicológica. O nosso trânsito é caótico.



E é justamente esse cenário que ilustro aqui neste post. Não existem histórias ou reportagens que demonstrem esse lado terrível de um segmento da nossa sociedade. Ganham pouco e trabalham muito em todos os horários. Uns pela madrugada, uns pela noite adentro, outros durante o dia, onde o tráfego é maior.

Calor, chuva, congestionamentos, semáforos embandeirados, passageiros estressados, irritados, crianças gritando, jovens usando espaços preferenciais, etc. 


Ônibus lotado quase em todas as viagens. Retas e ladeiras. Sol na cara. Portas abertas por chamadas erradas, perguntas para onde se vai. Além disso, os condutores precisam conhecer tudo. Geograficamente deve ser um especialista em endereços e locais da preferência do passageiro. E tudo isso sem reconhecimento. São remunerados pessimamente e em contrapartida oferecem bastante nessa relação de custo-benefício.


De tanto andar de busão, observando, me tornei um expert em aventuras no trânsito. Acabei cursando PhD dos coletivos. E posso afirmar que o nosso mundo dos transportes públicos é composto de heróis e vilões. E posso afirmar que o que mais “atrapalha” nosso dia a dia, é o motorista esperto. 

Perfil certamente da nossa classe média. Proprietário de veículos caros, às vezes de luxo. Carro sempre com um ocupante, solitário e egoísta. Agressivo e desejoso de obter vantagens. Nada solidário ou benevolente. Atravessa faixas, fura semáforo, acessa áreas exclusivas, próprio de um sujeito consciente da impunidade das leis de trânsito ou até lei penal, pois tem costa larga, bons advogados, filhinho de papai, etc… Resumindo, “um cara esperto”. 


Finalmente encerro este post, afirmando que longe de ser psicólogo ou algum teórico do comportamento humano, observando a sociedade e concluindo que tudo está errado. Sendo um adepto da Doutrina Espírita, me recordo de algumas lições filosóficas que aprendi nas leituras. 

Destaco uma anotação de Allan Kardec em um de seus livros. “Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu uma missão, com o fim de esclarece-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, [...].” – O Livro dos Espíritos, questões: 634 e 642.

Julgo que o melhor entendimento destas observações refletem que somos seres com um início semelhante. As oportunidades da vida nos fazem seres em evolução. As ações em que tomamos nos levam as conquistas. E se tornam avalistas dos nossos merecimentos. Dito isso, afirmo: que os ignorantes são aqueles que se julgam mais espertos e que gostam de levar vantagens. Os anônimos cumprem sua missão condignamente. Já os apressadinhos seguem errantes. Jogando tudo a perder na vida, pensando que estão certos. Só que não!

Nenhum comentário:

Postar um comentário