quarta-feira, 21 de junho de 2017

Felicidade é gostar do que você faz.

É impossível não ver e ler as frases de auto-ajuda nas redes sociais e corporativas. 
Às vezes, na sua maioria, passo incólume, pois acredito muito que a web é um campo fértil para um monte de asneiras.
Já vi muita gente se empolgar com ditos de celebridades cuja autoria não correspondem, pois trata-se de associações feitas na base da falsidade ou desconhecimento e falta de veracidade.
Conheço gente que coloca até nas apresentações de palestras, por exemplo, frases atribuídas a Chaplin ou a Gandhi, até a campeã de citações, Clarice Lispector, que não são verdadeiras.
Estas 'pérolas' são repassadas e compartilhadas no Brasil e no mundo aos borbulhões diariamente, já que as redes sociais são alimentadas a cada segundo de forma incessante.

Bem, hoje venho a postar em razão destas frases um tema que visto nas redes, me tocou.


Frase atribuída a Dale Carnegie, um dos primeiros 'gurus' americanos da década de 50. Vendedor minuto que fez a fama nos anos 60 e 70, e que ainda hoje tem suas citações espalhadas por aí. Diriam alguns que ele já era. Citar um cara que dizia coisas na época que não existia nem televisão colorida no Brasil. O segmento de vendas mudou, muda a cada hora. Ainda mais nos dias de hoje, onde a tecnologia impera. Conceitos são modificados e até questionados, porque citar um cara ultrapassado? Se fosse assim, nem poderíamos citar trechos dos profetas, texto dos Evangelhos, frases extraídas das parábolas bíblicas, atribuídas a Jesus?

Mas vamos direto ao que a frase sugere para a nossa reflexão. Porém quero voltar ao tempo, antes de me aprofundar ao conceito geral. Comecei a minha caminhada no mundo da comunicação lá no interior, em S. J. do Rio Preto, quando ainda estudante do ginasial, busquei me inserir no mundo do jornalismo. Meu falecido pai, Hatim, era diretor do departamento municipal de trânsito, depois de ter exercido a vereança por dois mandatos. Dai o gosto por automobilismo me levou a propor ao jornal local, A Folha de Rio Preto. Me foi dado o espaço, porém deveria ter os custos cobertos por anúncios daquela coluna. Quanto mais, melhor seria o ganho, já que o jornal ficaria com 70% dos valores e a mim restariam os 30% retirados os impostos. Fui ao mesmo momento colocado na condição de correr com as notícias e a área comercial, coisas antagônicas. Vi isso, na própria carne quando lecionei Jornalismo e Publicidade nas universidades em que passei.

De lá para cá minha busca no trabalho naquilo que me daria mais prazer foi feita. Cheguei em S. Paulo para os estudos e procurei trabalho para custear a faculdade. Passei por dois empregos que somente atuei para suportar o pagamento dos estudos. Recém formado, pensei, é hora de fazer o que você gostar. Tentei outros empregos no mundo da publicidade. As empresas top de mercado me negaram emprego. Naquela época não havia o tal estágio. Era pistolão.

Então lembrei-me da veia empreendedora. Me juntei com colegas de formatura da ESPM e fundamos uma agência de publicidade. A Canopus, já falei dela em outros posts. Apesar de sucesso no início, fomos incorporados por outra agência maior. Frustei-me e cai fora.
Mais tarde abri meu próprio estúdio de publicidade, hoje seria uma espécie home office de design. 

E em seguida foi convidado a lecionar. As duas coisas não conflitavam, segui por 11 anos. O que mais gostava de fazer? As duas. Mas veio o Plano Collor. Tudo confiscado em 1990.
Por onde recomeçar? Volto à CLT, emprego novamente. Mas desta vez foi bom. A razão era simples. A experiência adquirida nas aventuras por conta do passado. Foram mais 10 anos de prazer no trabalho. Mas a veia empreendedora bateu forte novamente. Aventurei-me no marketing esportivo. Quebrei a cara nos dois anos de atividade. Voltei a CLT. Marketing no turismo, mas um desafio e a busca pela prazer e felicidade em exercer meu ofício. Embora bem mais experiente, o segmento era carente. Tive que reconstruir novamente os conceitos em que acreditava.

Após tantos anos, quase 45 de estrada de relativo sucesso e mais prazer do que decepções, me vi em 2015 em buscar pendurar as chuteiras. É quando a fatura bate na porta de casa. Fazer o quê? Parar de vez? Voltar ao cotidiano nem pensar. Rotina anterior, nem pensar.

Consegui o meu sucesso. E a felicidade? Podemos conseguir ser feliz sem dar continuidade ao que você foi bem sucedido ou adquirido? Será que é hora de recomeçar aos 60? A galera dizia, volta para o ramo. A consciência repudiava e pedia:– Desejo ser feliz! Fui buscar mais outra vez, mas diferente. O que seria diferente? Voltei a estudar, mas desta vez a Doutrina Espírita. Sabe o que você sempre quis e não havia encontrado? Achei-me na filosofia de Kardec e dos trabalhadores da Doutrina.

Nesse tempo, concomitante, fundei uma ONG, a INVIBES 3a. Idade (Instituto Vital do Bem Estar Social da Terceira Idade), voltada aos direitos dos idosos, também faço algumas consultorias para agências de turismo e com uma participação como conselheiro editorial em um órgão digital de imprensa no trade turístico. 

Nestes anos em que me vi envolvido neste trabalho de estudos e voluntariado, participando, colaborando e atendendo ao próximo, passando o teu conhecimento aos mais necessitados, vi a resposta ao que havia perguntado no começo. A felicidade em gostar de fazer aquilo que você conseguiu. Nas aulas, o respeito dos colegas e companheiros de estudo e trabalho. Por estas coisas que não se explica, acabei me encaminhando para as palestras espíritas. E quando você está feliz, o seu trabalho é reconhecido. Recentemente ao encerrar umas destas palestras e ouvir das pessoas os elogios e reconhecimento pelo trabalho de divulgação, o meu espírito agradeceu igualmente, transbordando de alegria.


E para finalizar, irei me valer de uma destas citações que comentei no início deste post, mas que para o momento presente me deixa muito à vontade em reproduzi-lo, trata-se de uma recente manifestação do mago do Facebook, Mark Zuckerberg.

Portanto com as minhas atividades comentadas e o espírito cheio de vontade de permanecer a ajudar, em colaborar e tentar melhorar o mundo, me coloco à disposição de todos. Se precisarem é só chamar. "A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação". (Emmanuel)
Um forte abraço e que Deus os acompanhem. Que assim seja. Assim será.

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