sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Tragédias e fama, a luz da verdade.

Por que as pessoas boas nos deixam cedo? Por que de forma tão trágica? 
Ficamos tristes, sentimos como se fossem entes queridos que participam da nossa família e que se vão sem nos preparar para o pior.
Assim caminha a humanidade. Desde os primórdios cristãos. Perdemos Jesus com 33 anos. Judiado, chicoteado, ferido com lança, torturado em sua via-crúcis.
No Evangelho segundo o Espiritismo existem várias passagens e citações de mortes prematuras:
IV – Perda de Pessoas Amadas e Mortes Prematuras
            21 – Quando a morte vem ceifar em vossas famílias, levando sem consideração os jovens em lugar dos velhos, dizeis freqüentemente: “Deus não é justo, pois sacrifica o que está forte e com o futuro pela frente, para conservar os que já viveram longos anos, carregados de decepções: leva os que são úteis e deixa os que não servem para nada mais; fere um coração de mãe, privando-o da inocente criatura que era toda a sua alegria”.
           Criaturas humanas, são nisto que tendes necessidades de vos elevar, para compreender que o bem está muitas vezes onde pensais ver a cega fatalidade. Por que medir a justiça divina pela medida da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos Mundos queira, por um simples capricho, infligir-vos penas cruéis? Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos atingem, sempre encontraria nela a razão divina, razão regeneradora, e vossos miseráveis interesses representariam umas considerações secundárias, que relegaríeis ao último plano.
            Acreditai no que vos digo: a morte é preferível, mesmo numa encarnação de vinte anos, a esses desregramentos vergonhosos que desolam as famílias respeitáveis, ferem um coração de mãe, e fazem branquear antes do tempo os cabelos dos pais. A morte prematura é quase sempre um grande benefício, que Deus concede ao que se vai, sendo assim preservado das misérias da vida, ou das seduções que poderiam arrastá-lo à perdição. Aquele que morre na flor da idade não é uma vítima da fatalidade, pois Deus julga que não lhe será útil permanecer maior tempo na Terra.
            É uma terrível desgraça, dizeis, que uma vida tão cheia de esperanças seja cortada tão cedo! Mas de que esperanças querem falar? Das esperanças da Terra onde aquele que se foi poderia brilhar, fazer sua carreira e sua fortuna? Sempre essa visão estreita, que não consegue elevar-se acima da matéria! Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida tão cheia de esperanças, segundo entendeis? Quem vos diz que ela não poderia estar carregada de amarguras? Considerais como nada as esperanças da vida futura, preferindo as da vida efêmera que arrastais pela Terra? Pensais, então, que mais vale um lugar entre os homens que entre os Espíritos bem-aventurados?
            Regozijai-vos em vez de chorar, quando apraz a Deus retirar um de seus filhos deste vale de misérias. Não é egoísmo desejar que ele fique, para sofrer convosco? Ah! essa dor se concebe entre os que não tem fé, e que vêem na morte a separação eterna. Mas vós, espíritas, sabeis que a alma vive melhor quando livre de seu invólucro corporal. Mães, vós sabeis que vossos filhos bem-aventurados estão perto de vós; sim, eles estão bem perto: seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, vossa lembrança os inebria de contentamento; mas também as vossas dores sem razão os afligem, porque revela uma falta de fé e constituem uma revolta contra a vontade de Deus.
            Vós que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações de vosso coração, chamando esses entes queridos. E se pedirdes a Deus para os abençoar, sentireis em vós mesmas a consolação poderosa que faz secarem as lágrimas, e essas aspirações sedutoras, que vos mostram o futuro prometido pelo soberano Senhor. Aqui me sinto reconfortado. Sabemos que o espírito destes que nos deixam prematuramente cumpriram as suas missões. Não devemos nos amargurar. Aos que ficam, é que precisam de conforto e consolo. Pobres dos vivos que ficam sem entender o que se passou.
 A mídia nos provoca tantas inquietudes, atrás de audiência e ganhos sobre os concorrentes, ficam fuçando, buscando tudo sem escrúpulos e colocam no ar a todo instante, as notícias. Falsas homenagens e documentários são feitos até as duas primeiras semanas e de repente tudo acaba, retornam a normalidade buscando como urubus outras carniças para seguirem a estrada atrás de outras novas audiências e o círculo se fecha numa roda fétida de desgraças e infortúnios.
Mas volto a perguntar. Por que Ayrton Senna nos deixou órfãos? Pergunto sobre alguns outros como: Lady Di, Bussunda, John Lennon, Bruce Lee, River Phoenix, James Dean, Heath Ledger, Elis Regina, Amy Winehouse, Whitney Houston, Cazuza, Che Guevara, José Wilker, John e Bob Kennedy, Martin Luther King, os estudantes de medicina que morreram na flor da idade em Santa Maria, RS., uma população através de tsunamis, terremotos e por aí vai...
Agora no calor da perda do ex-governador Eduardo Campos, voltamos a refletir sobre a morte prematura de forma tão trágica.
A vida não é simples de entender quando se navega pelas manchetes dos meios de comunicação, nas redes sociais. Devemos buscar a luz da experiência nos compêndios espíritas, nas escrituras, no Evangelho, no antigo (com Isaías) e novo Testamento, nas profecias Matheus e João, enfim devemos buscar a justificativa na sabedoria maior, não na mídia imediatista e fútil. 
Buscar o conforto e entendimento com pessoas superiores e gabaritada de conhecimento, cheias de sabedoria, capazes de expor sem o calor da emoção. Entender os por quês.
Talvez assim, a gente não faria a pergunta do início deste texto. "Por que pessoas boas se vão muito cedo?"
O conceito de bondade é relativo, é midiático. As celebridades que morrem ficam famosas imediatamente, pessoas públicas convivem em nosso inconsciente coletivo e se transformam imediatamente em pessoas de bem. Mas foram mais breve do que gostaríamos, cumpriram as suas missões. Foi a morte física que aconteceu, pois a vida continua. Vamos viver e conviver em paz e com a paz. Informo aos meu leitores que sou leigo em Doutrina Espírita, só coloquei o meu ponto de vista de um observador e que crê nas Leis Divinas.

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