terça-feira, 17 de novembro de 2020

Ainda não aprendemos a viver.

 Ainda não aprendemos com a vida.

2020 - Plena pandemia. Sem os antivirais e as vacinas, ficamos esperando sem perspectivas de soluções.

Mas, afinal o que nós esperamos? Sem fazer pesquisa, basta olhar o noticiário. Queremos voltar a consumir, viajar, festejar, comemorar, passear no shopping, enfim fazer o que sempre fazíamos antes desta pandemia. 



Quando digo que não aprendemos, afirmo que não pensamos em modificar nossas atitudes, não nos transformarmos, não fazemos as nossas reformas íntimas. 

Não queremos nos tornar pessoas melhores, mais solidárias, compreensivas, preferimos manter nosso orgulho, sermos exibicionistas, egoístas, adoradores do próprio umbigo.


Devemos refletir no que devemos fazer a partir dessa nova realidade, o tal novo normal. Insistimos em repetir tudo que fazíamos. Nada está servindo para mudarmos, não queremos mudar, não aceitamos as mudanças. Não queremos mudar e ponto. O que fazemos é só reclamar das quarentenas, faixa amarela, faixa vermelha.


Tudo nessa vida é pura repetição. 

Vemos uma realidade de negarmos as mudanças, é só ver as recentes eleições, os mesmos políticos estão retornando, o velho jeito de se levar vantagens. Não há novidade. Não fazemos novas descobertas. Não estamos aceitando novas tendências, o novo normal.


As únicas mudanças que vimos foram para alguns setores e elas são frutos da necessidade de sobrevivência, não por  opções saudáveis, naturais de sequências desta nova onda de regeneração. 


Sempre dizemos que há mudanças na base da dor ou do amor. Será?

Creio que só está havendo mudanças pela dor. Se fosse por amor, teríamos outra geração de humanidade, a sociedade seria mais generosa, mais espiritualizada.


Por exemplo, a questão de se desejar a comemoração do Natal repetida, igual as festas anteriores. Pra que gastar, consumir itens caros, exibir presentes de elevado valor agregado? Por que se deslocar, viajando para cidades cartões postais e comemorar suntuosamente? Por que optarmos para os congestionamentos de aeroportos, rodoviárias, estradas, etc.


Não seria melhor um Natal minimalista em família e comemorar com quem realmente faz o aniversário? Se Jesus vivo fosse, com certeza iria pedir uma comemoração simples e humilde. Às vezes o Natal deve ser apenas com Jesus e os nossos familiares mais próximos.

Vamos deixar para outras ocasiões, o aumento de número de pessoas para fazermos aquela festa monstro. Não é o período de aglomerações. Respeitem o isolamento.


Essa maneira de se comemorar com alto requinte e ostentação não condiz com as origens humildes de Jesus de Nazaré. 

Os presentes que os três reis magos apresentaram à Família Sagrada também significam que devemos nos afastar daquele exagero consumista tradicional.


Mas porque insistimos em ser pessoas que agem justamente ao contrário daquilo que chamamos de atitudes sensatas. Fruto de sociedade consumista que faz as pessoas comemorar em alto estilo. A propaganda nos enfeitiçando na TV, nas mídias sociais para mostramos nossas conquistas materiais. O negócio é badalação. Viva o exibicionismo.


Por isso considero que ainda não aprendemos. Nesse período da pandemia bem que poderíamos exercitar essas mudanças e aprender, mas não será desta vez. Os irresponsáveis preferem reunir as multidões. Que venham as festas, que venha o réveillon, que venham os boletos, a gente só quer se divertir, o resto a gente corre atrás. 


Quem sabe uma outra estrela de Belém nos faça encontrarmos uma nova guia?

Um novo caminho, mas que desta vez saibamos seguir o verdadeiro aprendizado. Quem sabe na outra encarnação?


Aliás, faltam menos de 40 dias para o Natal deste ano, lembro-me de como falava um antigo anti-tabagista, quando via um fumante: - Já se valeu do seu livre-arbítrio para morrer um pouco mais no dia de hoje?

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