quinta-feira, 23 de julho de 2015

Um setor sem ética e escrúpulo. Vale tudo para se ganhar.

Ética no turismo? A procura de uma razão. Ou poderia ser, se você enxerga a oportunidade de negócio, deixe a razão de lado e siga em frente.
Ou como diz o Steve Wonder: "Ainda bem que nasci cego, para não ver as coisas que o coração não deseja". 

Estas dúvidas bateram forte no almoço com um veterano ex-diretor de uma grande Cia. Aérea, hoje aposentado e um jornalista obcecado com a ética em busca às bruxas.
Eu, no meio dos dois, me valia da observação, memória e coragem de tocar em tabus. 
Foi deveras um papo de loucos. Ei, espera aí. Loucos não! Lúcidos, sim. Sabedoria e precaução. 
Os assuntos eram sobre o passado e o presente. Coisas que ocorreram há 25 anos anos atrás, mas que olhando o que ocorre hoje, seria a mesma coisa. Repetição? 
Claro que não. Porém as mesmas coisas repetidas porque as pessoas não foram punidas ou banidas a luz da lei, que acabaram seguindo no mercado impunes.

A receita se repete hoje, novamente sairão impunes. As mesmas entidades de classe irão fingir que tudo é normal. Farão vista grossa como foi feito no passado. E os maus elementos, por certo irão voltar. O turismo tem isso. Ninguém apura nada. Tudo fica nebuloso. 
Depois de um tempo, as mesma caras (de pau) voltam e seguem a sua trilha de sujeira. Como confiar neles? Como confiar em outros que fingem que nada houve?

E papo vem, papo vai, pela longa experiencia de nós três, vem uma lembrança de um, de outro, que na verdade continuam na ativa e se posam de empresários e altos executivos profissionais sérios.
Ai o jornalista que não conhece metade do terço, disse: - Meu Deus, isso dá uma boa matéria. Em seguida falamos: - Calma, nada disso, meu caro.
Uma matéria bomba dessas não levará a nada. Já passou. Lembro a ele, o caso recente do juiz de futebol, Amarilla, que se envolveu num escândalo no jogo da Libertadores, entre o Corinthians e Boca Juniors. O que passou, passou. Infelizmente, hoje, amanhã e depois, teremos mais e mais falcatruas nesse segmento. Mais passageiros, agentes e fornecedores sairão perdendo. Não tem chororô.

O Brasil é um país de pessoas que não são sérias. Não há ética nesse balcão de oportunidades. Todos os envolvidos possuem no seu DNA a vocação para o ganho fácil. Não por isso em recente pesquisa a população confia mais na Igreja do que em outras como governo, congresso, judiciário e outros segmentos da sociedade.
Na corrente desse processo envolvem tudo e a todos. Não havendo controle, qualquer denúncia se torna vazia. Não tem como fazer uma operação Lava Jato (tem tudo a ver) no trade privado ou privada, como quiserem.

É verdade que se deve ficar como o Steve Wonder. Ou você cai fora ou permanece com as mãos ou consciência suja.
Por curiosidade, elencamos os 30 mais do passado que ainda atuam no mercado. E lembramos daquela música: "Se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão".

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